Apresentação pode ser requisitada por telefone. Projeto, que também engloba palestras, faz parte do Plano Distrital de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas,

Na peça Aprendendo a dizer não, o par de fantoches conversa com o ator no palco. Ela se apresenta como Joaninha, ele se recusa a dizer como se chama, porque não deve falar com estranhos. Depois que o desconhecido se identifica como trabalhador do governo em ações de prevenção do uso de drogas, o boneco diz que o nome começa com “ed” e termina com “mundo”. As mais de cem crianças da Escola Classe 11 de Sobradinho, juntas, gritam “Edmundo”.A peça com fantoches ensina, de forma divertida, crianças de até 10 anos que elas não devem usar drogas. 

Dessa forma divertida, seis servidores da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federalensinam para crianças de até 10 anos que elas não devem usar drogas, nem mesmo as lícitas, como bebidas alcoólicas e cigarro; que alguns produtos químicos encontrados em casa, como tíner e acetona, são perigosos; e que elas não devem falar com estranhos.
"Para os adolescentes, falamos de forma mais direta. O traficante não terá meias palavras quando os abordar"Hugo Sousa Lima, subsecretário de Políticas para a Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas

Além do teatro para as crianças de 4 a 10 anos, a equipe faz uma palestra para os alunos a partir dos 11 anos. Não há limite de idade máxima, porque a equipe também atende pais e professores. “Principalmente na questão de comportamento, quando os filhos e alunos já estão usando drogas. Às vezes, os adultos acham que o menor pode estar com outro problema, como uma doença”, diz a diretora do grupo, Rosilene Vieira.

Psicólogos e pedagogos da secretaria criaram os conteúdos da peça e da palestra. As crianças recebem uma abordagem mais lúdica. “Para os adolescentes, falamos de forma mais direta, objetiva e clara. Até porque o traficante não terá meias palavras quando for abordá-los”, relata o subsecretário de Políticas para a Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas, Hugo Sousa Lima.

Por estar em fase de desenvolvimento, o projeto ainda não tem nome, mas faz parte do Plano Distrital de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, da Secretaria de Justiça e Cidadania. Há planos para criar uma mascote para a peça e fazer uma palestra diferenciada para os professores que precisam lidar com alunos violentos.

Até o momento, não houve gastos extras da secretaria com o projeto. Os servidores já trabalhavam com ações de prevenção para crianças e adolescentes. O material usado nas visitas é produzido por eles.
Pedidos para receber o teatro de fantoches e as palestras

A equipe é formada por servidores da Diretoria de Prevenção de Drogas. Às terças e quintas-feiras, eles atendem apenas escolas. Para cada turno do dia, são feitas de três a quatro interações com os menores. Podem ser um ou dois centros de ensino por dia, somando até quatro colégios por semana.
15.964Número de crianças e adolescentes atendidos pelo teatro de fantoches da Secretaria de Justiça e Cidadania em seis meses

Nos outros dias, o grupo atende demandas de outros locais. Em uma semana, elas podem chegar a 30, que vêm de comunidades, igrejas, unidades de internação e do Complexo Penitenciário da Papuda. As apresentações podem ocorrer inclusive no sábado e no domingo. Os números de telefone para fazer o pedido são (61) 2104-1836 e (61) 2104-1827.

Desde o início, há cerca de seis meses, até a terça-feira (25), a iniciativa da Diretoria de Prevenção de Drogas atendeu 15.964 crianças e adolescentes. Mais de 18 mil cartilhas foram distribuídas para os menores, os pais e os professores.
Palestras e peças de prevenção do uso de drogas
Informações e agendamento: (61) 2104-1836 e (61) 2104-1827
Foto: Andre Borges/Agência Brasília