Alguns problemas de pele são comuns depois de muito mar, sol e piscina.

Ah, as férias... É ótimo aproveitá-las. Mas nem sempre a volta para casa é tão boa quanto o período de estadia. Junto com a marquinha de biquíni, podem vir alguns problemas típicos da temporada, entre eles, micoses, manchas e descamação. A pele é uma das partes que mais “sofre” com a mudança de ares.

Um dos principais efeitos indesejados é o melasma. “São manchas escuras, que podem piorar com o sol e outros fatores desencadeantes, como gravidez, uso de anticoncepcional e desequilíbrios hormonais”, detalha o dermatologista Erasmo Tokarski. Geralmente, elas afetam o rosto e a grande maioria dos casos ocorre nas mulheres. As peles morenas e negras são mais propensas, por terem maior quantidade de melanina, pigmento da pele.

“Dependendo do grau, o melasma afeta muito a autoestima, principalmente porque atinge uma das áreas mais visíveis do corpo, a face”, avalia. Na ansiedade para melhorar as manchas, é comum as mulheres recorrerem para receitas caseiras e automedicação. Um erro que pode agravar o caso. “Usar bicarbonato, açafrão, essas receitas caseiras são balela, não são eficazes. E quem usa medicamentos sem orientação corre o risco de enfrentar novas manchas, dessa vez por conta do mal uso de alguma fórmula”, alerta o especialista.

Infelizmente, o melasma não tem cura. “Mas tem tratamento, a pessoa consegue ficar sem as manchas. Mas ela precisa ter cuidados, usar sempre protetor solar e buscar acompanhamento. Também é importante tratar e controlar logo o quadro, porque o melasma costuma voltar mais resistente”, orienta o médico.

O “socorro” geralmente vem de produtos clareadores e de sessões com laser. Uma das melhores indicações é o laser Picosure, que funciona em picossegundos (um trilionésimo de segundo). Devido à potência e velocidade, ele é menos agressivo para a pele. Uma grande vantagem é que ele não precisa de downtime, o tempo de repouso após fazer algum procedimento na pele. “A pessoa passa por uma sessão de Picosure e no outro dia está como se nada tivesse acontecido, sem descamação ou vermelhidão. Logo após o procedimento, ele pode até dar uma vermelhidão no rosto por algumas horas, mas depois vai esmaecendo”, descreve.

“É possível ter uma boa melhora com cerca de duas semanas de tratamento. Mas o tempo para tirar as manchas varia de pessoa para pessoa, pode durar semanas, meses ou chegar a um ou dois anos”, afirma Tokarski.

Além do melasma, outros problemas são frequentes na volta das férias:

Micoses — A combinação de calor e umidade é perfeita para proliferação de fungos. Geralmente, as micoses surgem entre os dedos das mãos e pés, unhas e virilha. Medicamentos de uso tópico são indicados para o tratamento. A prevenção inclui alguns hábitos, como secar-se após o banho, principalmente nas áreas de dobras da pele; não andar descalço em áreas úmidas e evitar usar sapatos fechados por longos períodos.

Descamação — O excesso de exposição ao sol danifica a pele, acelerando o processo de renovação. Para evitar lesões, a pele que está descamando não deve ser puxada. O recomendação é usar hidratantes e, em alguns casos, loções calmantes para aliviar a sensação de ardência e calor.

Acne solar — A mistura do protetor solar com a oleosidade da pele pode provocar acne. Para escapar do problema, o ideal é utilizar produtos específicos para cada tipo de pele, como sabonetes, tônicos e protetores. Quem tem mais oleosidade, por exemplo, deve usar fórmulas oil-free.

Brotoejas — Provocadas pelo entupimento das glândulas sudoríparas. Essas incômodas bolinhas podem vir acompanhadas de vermelhidão e coceira. A principal dica para evitá-las é utilizar roupas frescas durante o verão.

Ana Teresa Malta - Destak Comunicação