A quem interessa as barbáries nos presídios? O número de mortes em Natal, Manaus e Boa Vista em 2017, já supera 150 pessoas, e a quem interessa tudo isso. Todo ataque e rebelião em todos os presídios foram premeditados e avisados ao Ministério Público. Porém o poder público nada fez, por falta de recursos, estrutura física ou humana, ou sabemos lá o que. 

Todas as pessoas que estão presas nesses citados presídios e em outros do país, vivem de forma indigna de uma pessoa humana, não quero aqui fazer juízo de valor, tampouco aceitar o que algumas pessoas dizem, que preso tem que sofrer mesmo, deveria deixar morrer e se matarem uns aos outros. 

Sabemos que existem pessoas ali que cometeram crimes de menor grau, alguns até por não pagarem pensão alimentícia. Boa parte, que se quer foram julgados, os quais podem ser inocentes, mas então, a quem interessa essa barbárie nos presídios?

Há quem diga que deveria haver pelo menos uma barbárie dessas por semana! Mas se por algum deslize na vida houvesse um familiar, um amigo de infância, o qual sempre esteve acima de qualquer suspeita, seria interessante esse ente querido estar no meio do fogo cruzado? Como diz o ditado: Pimenta nos olhos do outro é refresco”. 

Agindo com um mínimo de coerência e saindo do senso comum! O Brasil tem a 5ª maior taxa de presos que ainda não foram condenados, a 5ª maior taxa de ocupação do mundo, de 161% (607 mil presos para apenas 376 mil vagas). Dados semelhantes ou próximos a países como Filipinas (316%), Paquistão (177%) e Irã (161,20%).

Quanto a educação, 53% dos presos não possuem o Ensino Fundamental completo, com nível Superior não chega a 1%, então é fácil traçar um paralelo entre educação e crime.

Agora nos presídios, a taxa para se ressocializar é pífia, seja pela educação ou trabalho para se profissionalizar, dessa forma o crime se organiza de forma assustadora. Um sujeito entra como ladrão de galinha e sai como traficante, e seu retorno é setenta por cento garantido, pois a taxa de reincidência no Brasil é de 70%.



Agora deixemos de agir como Deus e decidir quem deve morrer ou viver e pensemos: A quem interessa as barbáries nos presídios brasileiros