O Carnaval de Rua de Brasília deve receber mais de 1 milhão de pessoas em cerca de 300 eventos, entre blocos e bailes espalhados pela cidade. A estimativa é do subsecretário de Turismo, Jaime Recena, que ainda prevê a vinda de foliões da Região Metropolitana do DF e até de outras capitais do Centro-Oeste.

“Hoje temos o 5° ou 6° maior carnaval de rua do Pais”, exalta Recena, que compareceu a um evento dá Ambev, patrocinadora de 80 blocos em 2017, na tarde desta terça-feira (7). “Até por conta da crise econômica, as pessoas estão viajando menos durante o feriado. Nossa realidade de folia mudou muito nos últimos cinco anos”, afirma.

Durante o evento, ele revelou que a ideia do Governo de Brasília é buscar mais parceiros da iniciativa privada, como a AmBev, para ampliar as possibilidades comerciais e culturais durante o Carnaval. Um dos blocos beneficiados pela parceria foi o Virgens da Asa Norte, que reuniu, segundo os organizadores, 10 mil pessoas no último domingo (5).

“Defendemos uma folia sem abadá, sem cordinha e para todos. Quanto mais investimento houver e mais blocos surgirem, melhor”, diz um dos idealizadores do bloco, Henrique Aragão, de 32 anos. Para ele, as festas em Brasília se assemelham as de Olinda, pelo fato de ambas serem cidades tombadas, e a capital tende a concentrar mais investidores de grande porte. “Nós mesmos só fomos procurados pela AmBev depois que o movimento ganhou corpo e demonstrou potencial”, confessa.

Resgate das Escolas

O subsecretário Jaime Recena reforça que apoiar o desfile das escolas de Samba do DF é inviável economicamente. “Elas precisam se redescobrir e achar novas formas (de se financiar), como aconteceu no Rio”, afirma. Ele faz a ressalva, porém, que existem planos para investir R$ 300 mil na contratação das baterias de seis agremiações, visando ao Carnaval.

Desde que Rodrigo Rollemberg assumiu o governo, em 1° de Janeiro de 2015, o subsídio às apresentações foi cortado, os blocos de rua se tornaram protagonistas dá folia.

JBr