O Setor de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) é referência nacional e internacional no atendimento a pacientes com neuropatias que afetam pés e pernas. O programa atende mensalmente uma média de 2 mil pessoas. Técnicas simples e baratas reduziram em 77% as amputações de membros inferiores devido a complicações da doença.
O programa, iniciado pelo Ministério da Saúde em 1988, já serviu de modelo para países como Índia, China, Egito, Paquistão, Argentina, Colômbia e Cuba, e no Brasil foi copiado por mais de 70 ambulatórios diversos.

É nesta unidade que também funciona o atendimento ao chamado pé diabético – uma complicação do diabetes -, primeiro a ser implantado no Sistema Único de Saúde no Brasil. O pé diabético ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma ferida. Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. De acordo com a Secretaria de Saúde, qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que possam levar à amputação do membro afetado.

O trabalho é feito em duas frentes: prevenção e tratamento. O tratamento consiste em orientações, acompanhamento de lesões e amputações e a colocação de próteses.

O hospital é também a unidade de referência da rede para a liberação da chamada bomba de insulina, um aparelho que substitui as constantes agulhadas que são feitas ao longo do dia por quem é insulinizado.

Usuário da bomba há cerca de cinco anos, Pedro Vitor, 19 anos, diz que teve um grande ganho de qualidade de vida. “Antes disso, eu precisava fazer cerca de seis aplicações de insulina ao longo do dia. Agora, é um furo a cada três dias para colocar o medicamento”, conta. Segundo a mãe do jovem, Fabrícia Coelho, o aparelho fez com que as crises de convulsão e hipoglicemia de Pedro diminuíssem.
Da redação do Alô, com informações da Secretaria de Saúde
Foto: Divulgação