Plano Piloto tem queda de 5,1%, mas ainda concentra mais de 52% dos empregos formais. Os dados são do Mapeamento da Atividade Econômica, estudo divulgado pela Codeplan nesta quinta (16).

Apesar do crescimento dos demais segmentos da economia, que concentram hoje 65% dos empregos formais — cadastrados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) —, o setor público, com 35% dos vínculos empregatícios, é responsável por 71% da massa salarial do Distrito Federal.

Isso acontece porque o governo (incluindo empresas estatais) paga salários médios (R$ 9.440) melhores do que os da iniciativa privada (R$ 2.044), conforme o Mapeamento da Atividade Econômica, divulgado nesta quinta-feira (16), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Os números referem-se a 2015, quando a massa total dos salários na capital do País somou R$ 4,95 bilhões.

O Plano Piloto é a região administrativa com a maior predominância de empregos, com 52,22% dos vínculos, embora tenha apresentado uma queda de 5,1% na concentração. O estudo analisa questões socioeconômicas do DF, como a distribuição da massa salarial e dos empregos por setores e regiões.
São dados interessantes, que reforçam nosso senso comum, mas que dão a magnitude mais clara da concentração no Plano Piloto. Por outro lado, apontam processos de mudançasLúcio Rennô, presidente da Codeplan

Os dados foram apresentados pelo presidente da Codeplan, Lúcio Rennô, em entrevista coletiva concedida junto com Cristina Botti, gerente da área da Demografia Estatística e Geoinformação, e Yuri Queiroz, economista do Núcleo de Geoinformação. A coleta refere-se a levantamentos do período de 2006 a 2015.

Os gráficos exibidos por Cristina mostram desconcentração espacial de empregos no Plano Piloto, e um crescimento em Águas Claras e no SIA. “São dados interessantes, que reforçam nosso senso comum, mas que dão a magnitude mais clara da concentração no Plano Piloto. Por outro lado, apontam processos de mudanças”, diz Rennô.

Segundo o estudo, dentre os grandes setores, o de serviços é o que tem maior participação nos empregos, com 91,56%. Junto com saúde humana, ele continuou contratando a oferta de trabalho mesmo durante a crise, em 2014 e 2015, em 201 estabelecimentos.
Taguatinga, Guará e SIA são destaques fora do Plano

Os setores de informação e comunicação, de indústrias extrativas e de construção começaram a retrair as contratações desde 2013 — com -2%, -26% e -6%, respectivamente.

As regiões administrativas de Taguatinga, Guará e SIA chamam a atenção pela maior concentração de empregos fora do Plano Piloto. Com população estimada em 342.206 habitantes, as três regiões possuem 218.734 empregos formais, com rendimento médio de R$ 2.504.

Entre 2006 e 2014, Taguatinga teve um aumento na massa salarial de 245%. Os resultados da pesquisa podem ser conferidos na internet, pelo link que dá acesso às pastas dos gráficos: Distribuições – Ocupações Técno-Cientificas – DF e RAIS Nova Localização.

Agencia Brasilia
Foto: Divulgação