Diversos aplicativos de relacionamento são alvos de críticas devido ao alto número de assédios em suas plataformas. Com o objetivo de reduzir o problema, a criadora do Tinder, Whitney Wolfe, desenvolveu o Bumble, que se diferencia dos concorrentes por manter as mulheres no poder.

Wolfe se afastou do Tinder depois de acusar Justin Mateen, seu sócio, de assediá-la sexualmente. "Acho que a maior parte das mulheres já teve experiências terríveis de encontros ou esteve em um relacionamento emocionalmente insalubre", afirma a criadora. "Sempre senti que, como mulher, eu tinha que esperar. Em todas as outras áreas da vida, eu tomava a iniciativa, mas quando se tratava de namoros, eu não deveria ir atrás do que eu queria", explica.

No app, os homens não conseguem iniciar uma conversa. É preciso esperar que as interessadas cheguem até ele, o contrário do que costuma acontecer. E, se a resposta não vier em 24 horas, o "match" é desfeito. Se para elas a medida reduz as chances de conversas desinteressantes, para eles evita o sentimento de rejeição. As mensagens só chegam se a pessoa estiver realmente interessada.

Além dos problemas de assédio, as plataformas de namoros enfrentam outros problemas. Entre usuários mais velhos, por exemplo, é comum que golpistas encontrem suas vítimas e acabem roubando quantias. Além disso, muita gente acaba se relacionando com uma pessoa que usa uma foto falsa, geralmente mais atraente. Outra dificuldade é diminuir o índice de fotos íntimas enviadas sem que sejam solicitadas.

Para que isso não aconteça, o Bumble possui verificação de fotos e baixa tolerância para o envio de fotos pornográficas. Diante de reclamações sobre abusos, os usuários são expulsos do aplicativo.

As medidas parecem ter dado resultado. Segundo Wolfe, a taxa de assédio no app é de 0,005%, bem menor do que a de concorrentes. O Bumble está disponível para Android e iOS.

Fonte: Olhar Digital