Ação iniciada pelo servidor Wilson Rossato recebeu cerca de 30 mil obras em pouco mais de três anos. Doações podem ser entregues em qualquer unidade da autarquia, exceto nos postos do Na Hora.

FOTO: TONINHO / AGÊNCIA

De uma simples ação em prol de escola atingida por chuvas à marca de, atualmente, cerca de 30 mil livros arrecadados. Assim se resume o projeto do Departamento de Trânsito (Detran-DF) de doação de livros, iniciado em novembro de 2013, cujo alcance vai além.

Idealizador da ação e servidor do órgão, Wilson Rossato conta que na época — meados de 2013 — fez uma campanha interna de doação para ajudar a escola.

O resultado foram 800 obras arrecadadas em menos de um mês. “Como vi que fluiu bem, pensei em estender para os usuários do Detran”, conta ele, que está no órgão desde 1992 e tem quatro livros publicados.

Atualmente, as doações podem ser feitas em qualquer unidade da autarquia, exceto nas do Na Hora.

As obras são repassadas à Secretaria de Cultura. Lá é feita uma segunda seleção, e a distribuição ocorre de acordo com a demanda, para bibliotecas públicas gerenciadas pela pasta ou para o programa Mala do Livro.

Podem ser doadas publicações literárias, biografias e obras de diversos assuntos. Livros didáticos e de direito antigos devem ser evitados, assim como aqueles que estiverem rasgados. Rossato ressalta que o material não precisa ser seminovo, mas deve estar apropriado para ser repassado a outras pessoas.

Ele destaca alguns casos que ocorreram em cerca de 40 meses de existência do projeto, a exemplo de uma pessoa que certa vez doou mil livros, todos em bom estado de conservação.

Houve, ainda, casos curiosos: “Uma vez peguei um atlas que não tinha o Tocantins ainda. Estava em bom estado de uso, mas…”, lamenta.