Museu será construído na Candangolândia

Dentro de vinte dias o projeto do Museu da Educação do Distrito Federal deve estar liberado pelo TCDF e a licitação poderá ser iniciada no prazo de 60 dias. O anúncio foi feito nesta terça-feira (23), pelos deputados Joe Valle (PDT) e Chico Vigilante (PT), durante audiência pública realizada na Câmara Legislativa para debater a implantação do Museu, com a participação de professores, parlamentares, pioneiros de Brasília, estudantes, representantes da comunidade e autoridades do governo.

Autor do requerimento que propôs a audiência pública, Joe Valle informou que pretende, juntamente com outros distritais, manter contatos com a Novacap durante esta semana para agilizar a liberação do projeto. Os passos seguintes serão o levantamento do montante de emendas parlamentares já asseguradas e o remanejamento orçamentário para que se alcance recursos suficientes ao início das obras do Museu da Educação do DF. A construção está orçada em R$ 7,7 milhões, sendo que na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano foram destinados apenas R$ 150 mil para o projeto do Museu.

Antiga reivindicação de professores e da comunidade, o Museu da Educação do DF será construído em área de dois hectares, cedida pelo IBRAM-DF, no Parque Ecológico e vivencial da Candangolândia. Por se tratar de área degradada, onde existia, anteriormente, um depósito de entulhos, foi realizada a recuperação dessa área, com plantio de 2.460 mudas de espécies nativas do Cerrado.

Reconstrução – em 2013, o GDF assumiu a responsabilidade de construir o Museu. Trata-se da reconstrução da primeira escola pública do DF, Escola Júlia Kubitschek, projetada por Oscar Niemeyer e erguida em 21 dias, que foi inaugurada em 15/10/1957. Para a concretização do projeto, foi assinado Termo de Cooperação Técnica entre a Universidade de Brasília (UnB) e o GDF, por intermédio da Secretaria de Educação, Secretaria de Cultura, Instituto do Meio ambiente e dos Recursos Hídricos – Brasília Ambiental, Arquivo Público do Distrito Federal e Administração Regional da Candangolândia.

Os projetos arquitetônico, executivos e complementares do Museu da Educação foram elaborados em 2014 e já foram aprovados pelas instituições de governo responsáveis pela matéria.

De acordo com seus idealizadores, o Museu da Educação do DF tem a missão de preservar, salvaguardar e difundir a memória da educação pública do Distrito Federal, com vistas a fortalecer a identidade da escola e do professor e contribuir para a qualidade e renovação dos processos educativos, em benefício da cidade e da educação brasiliense.

O Plano Museológico do Museu da Educação propõe o desenvolvimento de atividades de Educação Patrimonial e Educação ambiental, destinadas a professores e estudantes da rede pública de ensino, grupos comunitários da Candangolândia, além de outros usuários. O projeto prevê a criação de outros espaços educativos, tais como o Jardim do Cerrado, importante ambiente para o desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental, trilhas ecológicas e outros. O Programa de Educação Patrimonial será desenvolvido por meio de atividades culturais e formativas, com o objetivo de incentivar a participação de professores, alunos e comunidade, favorecendo o sentido de pertencimento em relação à sua história e preservação dos bens culturais.

Durante a audiência pública, representantes de vários segmentos fizeram questão de se manifestar em apoio ao projeto de implantação do Museu e em defesa da memória da educação brasiliense, entre eles: a professora emérita da UnB, Eva Wairos, a coordenadora do Núcleo de Agenda Ambiental da UnB, Vera Catalão, a representante do Instituto Brasileiro de Museus, Cinthia Oliveira, o autor do projeto arquitetônico do Museu da Educação do DF, Carlos Limaverde, o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura, Gustavo Pacheco, o representante do IBRAM-DF, Leoclides Milton Arruda, o presidente do Conselho de Educação do DF, Álvaro Moreira, o diretor do Centro de Ensino Júlia Kubitschek, Heli Mendes, o representante da UnB, Luiz Rosquetti, o representante da Secretaria de Educação, Fernando Ribeiro, a professora pioneira de Brasília Natanry Osório, e o professor aposentado e ex-integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Brasília, Jarbas Silva Marques, além de outros professores e pioneiros de Brasília.

CLDF