O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que o Congresso deve avançar com o pedido de impeachment de Michel Temer após o presidente dizer que não vai renunciar ao cargo.

Em coletiva logo após o pronunciamento oficial, nesta quinta-feira (18/05), Caiado lamentou que o mandatário tenha negado “um gesto de grandeza” e que ele fez “a pior das opções” por interesses pessoais.

“Temer, ao insistir em permanecer no cargo mesmo admitindo o quadro já instalado de ingovernabilidade, fez a pior das opções para ele e para o país: desafiou a crise. E o fez, não em nome do interesse público, mas para preservar sua imunidade institucional”, criticou.

Segundo Caiado, o presidente sabe que não terá meios de vencer a crise. “Ele próprio é a crise”, disparou. O democrata defende que o Congresso Nacional assuma a sua prerrogativa de resolver a crise política através do processo de afastamento que deve ser aberto imediatamente.

“O presidente precisa entender que, independentemente de seu destino no campo jurídico, já foi julgado e condenado politicamente. Sua resistência aos fatos incentiva a ação nefasta dos radicais que investem no ‘quanto pior, melhor'”, definiu.
Base
Ronaldo Caiado afirmou que o presidente Michel Temer nunca conseguiu ter uma base de apoio popular e que seu governo era sustentado pelos partidos políticos que agora começar a inviabilizar a continuidade de seu governo.

“Sabemos que Michel Temer nunca teve popularidade, nem muito menos uma militância política de apoio. Sua construção e sua base de sustentação eram os partidos. Diante desses fatos, qual é o partido que vai dar sustentação a esse governo? O julgamento político já foi feito. Não há mais condições de governabilidade e o Brasil não merece insistir nisso”, concluiu.