GDF vai recadastrar os beneficiários PNEs

O bilhete único deverá ser implantado no DF até setembro, segundo anunciou o diretor geral do DFTRANS, Léo Carlos Cruz, nesta terça-feira (13), durante apresentação do relatório de gestão do órgão à Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da CLDF. O bilhete único é um ponto fundamental para integrar o sistema de transporte público do DF, sendo que a integração é um desafio constante para o órgão, alegou.

Entre as metas para este ano está o recadastramento das Pessoas com Necessidades Especiais (PNE), que são beneficiárias da gratuidade do transporte público. O objetivo da medida é evitar a utilização indevida do benefício. De acordo com o diretor, a maior despesa do DFTRANS atualmente é com os subsídios concedidos aos beneficiários do PNE e do passe estudantil. No ano passado, foi feita a atualização dos cadastros dos estudantes e eliminados todos aqueles em que foram detectadas inconsistências e uso indevido, como ausência de CPF ou a não efetivação da matrícula. Segundo Cruz, a economia aos cofres públicos será significativa, pois em 2016 o custeio com os subsídios ficou em torno de R$ 650 mi, neste ano a previsão é de 420 mi.

Repensar o modelo – Sobre os subsídios, o presidente da comissão, deputado Rodrigo Delmasso (PODEMOS) considera ser necessário "repensar o modelo de Estado paternalista, que está chegando à falência". O parlamentar esclareceu que não é contra o passe livre estudantil, mas defendeu que o benefício dava ser dado apenas a quem precisa, isto é, aos estudantes em situação de vulnerabilidade social. Segundo o parlamentar, não existe gratuidade, quem paga a conta é o Estado.

Neste aspecto, Cruz disse concordar com Delmasso, e explicou que tarifa técnica é aquela que remunera os serviços das operadoras de transporte. Desse modo, se um cidadão não paga o bilhete porque é beneficiário, quem paga por esse subsídio tarifário é o GDF mediante a tarifa técnica.

Pontos de venda – Para otimizar o sistema, Delmasso sugeriu a ampliação dos postos de venda de bilhetes. A medida vai melhorar "a prestação de contas porque evita a circulação de dinheiro vivo nos ônibus", argumentou. A pulverização é vantajosa também porque facilita a compra pelo usuário, acrescentou. Ele citou o exemplo de Goiânia, cidade em que os créditos para transporte são vendidos inclusive em casas lotéricas. Cruz alegou que é intenção do DFTRANS pulverizar a venda ainda este ano.

O corpo de diretores do órgão, presente na reunião de hoje (13), respondeu às questões encaminhadas por usuários do sistema de transporte, entre elas sobre a implantação de estações. Segundo o órgão, é meta para 2017 a ativação de quatro novas estações –Vargem Bonita, quadra 8 do SMPW, Granja do Ipê e Catetinho.

CLDF