Os dirigentes da organização teriam se apropriado de R$ 3,4 milhões (mais de R$ 9 milhões em valores atualizados) sem nunca ter prestado qualquer serviço à SES.

Na manhã desta quinta-feira (22), a Polícia Civil do DF, em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), realizaram a Operação Genebra para cumprir mandados de prisão e de condução coercitiva no Estado do Rio de Janeiro e em Brasília. Entre os envolvidos estão ex-servidores da Secretaria de Saúde do DF (SES) da gestão José Roberto Arruda e ex-dirigentes da Cruz Vermelha-filial Petrópolis/RJ.

De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), Jonas Bessa, aqui no DF, estão sendo cumpridos nove mandados de condução coercitiva visando apurar licitação envolvendo a Cruz Vermelha de Petrópolis, no Rio de Janeiro, e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São Sebastião e Recanto das Emas, referente a contrato firmado em 2009. Servidores do DF são suspeitos de favorecer ilegalmente a a Cruz Vermelha.

Os dirigentes da organização teriam se apropriado de R$ 3,4 milhões (mais de R$ 9 milhões em valores atualizados) sem nunca ter prestado qualquer serviço à SES. 

Os alvos dos mandados de condução coercitiva são Fernando Claudio Antunes Araújo (ex-secretário-adjunto de gestão da SES), Joaquim Carlos da Silva Barros Neto (ex-secretário de saúde), Déa Mara Tarbes de Carvalho (ex-subsecretária de programação, regulação, avaliação e controle da SES), José Carlos Quináglia e Silva (ex-subsecretário de atenção à saúde da SES) e Alba Mirindiba Bonfim Palmeira (ex-secretária adjunta de saúde), além de quatro ex-integrantes do Conselho de Saúde do DF: Fátima Celeste, Maria Luzimar, Asenath Teixeira e Flora Rios.

Os mandados de prisão foram cumpridos contra três ex-dirigentes da Cruz Vermelha de Petrópolis: Douglas Souza de Oliveira, Richard Strauss Cordeiro Junior e Tatty Anna Kroker.

O nome da Operação é uma alusão à cidade-sede da Cruz Vermelha Internacional.
Alô
Foto: Elza Fiúva/Agencia Brasil