De acordo com Secretaria da Segurança Pública, redução é fruto de trabalho integrado do Viva Brasília. Dados foram apresentados em balanço mensal do programa nesta sexta (9).

Uma queda de 25% no número de homicídios no Distrito Federal foi registrada em maio deste ano em relação ao mesmo período de 2016 — de 40 para 30. Nos cinco primeiros meses, a redução foi de 24,5%, ou de 265 para 200.Para 2017, o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Edval Novaes, estima que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes ficará entre 15 e 16. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

A quantidade de 6,6 homicídios por 100 mil habitantes de janeiro a maio ilustra a queda ininterrupta. Em 2016, foi de 8,9; em 2015, 9,3; e em 2014, de 10,4 — antes do trabalho integrado do Viva Brasília — Nosso Pacto Pela Vida ter início. Os números foram apresentados no balanço mensal do programa na sede da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social nesta sexta-feira (9).

Segundo publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) da última semana, citada na entrevista coletiva, o DF é a sexta unidade da Federação com menor taxa de homicídio por 100 mil habitantes. O dado analisado foi de 2015 (21,2 em todo o ano), superior apenas a São Paulo, Santa Catarina, Piauí, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Em 2016, esse número foi de 19,7.

Para 2017, o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Edval Novaes, estima que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes ficará entre 15 e 16. “Temos 14 números em queda, e o maior destaque, é claro, são os homicídios. Isso é fruto de um trabalho integrado entre secretarias e para além das forças de segurança”, analisou.

Entre outros índices que apresentaram queda em maio, destacam-se roubo a comércio (de 232 para 191, ou -17,7%) e roubo a veículo (de 491 para 430, ou -12,4%).
Balanço das polícias, dos bombeiros e do Detran no Viva Brasília

Na mesma comparação com o ano passado, a Polícia Militar do DF apresentou redução, em média, de dois minutos para chegada aos locais acionados e aumento de 12% na quantidade de armas apreendidas. A corporação ainda autuou 1.593 motoristas por alcoolemia, prendeu 1.118 pessoas e apreendeu 778 quilogramas de drogas ilícitas.

A Polícia Civil do DF criou a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, especializada em transgressões a lei no mundo on-line, elucidou o assassinato de um taxista em posto de combustível da 309 Norte e desmantelou quadrilhas de roubo a coletivos e de furtos a motocicletas.
"Temos 14 números em queda, e o maior destaque, é claro, são os homicídios. Isso é fruto de um trabalho integrado entre secretarias e para além das forças de segurança"Edval Novaes, secretário da Segurança Pública e da Paz Social

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) atuou em conjunto com a Polícia Militar e o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) para reduzir de 162 para 90 as mortes no trânsito de janeiro a maio em comparação com 2016. O Detran autuou 1.473 condutores por dirigir após ingerir bebida alcoólica.

O Corpo de Bombeiros do DF fez 2.605 atendimentos pré-hospitalares e combateu 286 incêndios. A corporação ainda atuou em 1.382 acidentes de trânsito, nos quais 98% das vítimas foram levadas com vida ao hospital — no caso de ataque com arma branca, esse índice foi de 96%; com arma de fogo, de 66,67%.
Mobilidade e direitos humanos no Viva Brasília

A alta nos índices de estupro, de 53 ocorrências em maio de 2016 para 94 no mesmo mês deste ano (77,4%), e de roubo em transporte coletivo, de 187 para 245 (31%), levaram à formação de grupos de trabalho com outras pastas. São elas as Secretarias de Mobilidade e do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

No caso dos estupros, a secretaria responsável pelas mulheres e pelos direitos humanos formou comissão executiva com a Secretaria da Segurança Pública e as de Saúde, de Educação e de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude.

Segundo Novaes, cerca de dois terços dos casos de estupro ocorrem dentro da casa da vítima, geralmente por alguém próximo — padrastos, vizinhos e amigos foram alguns exemplos. Impede-se, portanto, ação policial preventiva. “O importante é trabalhar a mudança de cultura”, observou a coordenadora de Políticas para Mulheres da pasta, Miriam Pondaag.

Miriam listou análise de dados por região administrativa e intensificação de campanhas para conscientizar a população, com ações ostensivas na Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF). Listou, ainda, locais de atendimento, como a Casa da Mulher Brasileira e o Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio.

Já nos roubos a coletivos, o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, disse que a pasta está em fase de testes com um aplicativo de botão do pânico (ou alerta) para acionar a polícia on-line quando houver suspeitas.