Dênio Simões/Agência Brasília

Apenas no primeiro trimestre de 2017, 199 lojas fecharam as portas no Distrito Federal. De acordo com levantamento do Fecomércio, o DF foi a 13ª unidade da Federação que mais perdeu estabelecimentos no comércio varejista. Apesar do número elevado, o índice ainda é menor do que o que foi apurado no mesmo período de 2016, quando a capital da República registou um saldo negativo de -936 estabelecimentos.

Na comparação nacional, todos os estados brasileiros apresentaram saldo negativo, sendo que em todo Brasil o varejo perdeu 9,965 mil empreendimentos entre janeiro e março deste ano. Já nos primeiros meses de 2016, o saldo foi bem maior: registrando uma índice desfavorável de -37,179 mil empreendimentos.

Segundo o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, os números mostram que o pior da crise econômica ficou para trás e o comércio vem se recuperando gradativamente. “Começamos a perceber sinais de que o pior já ficou no passado. Apesar dos saldos entre empresas abertas e fechadas serem negativos, nada se compara aos recordes desfavoráveis registrados em 2016”, explica Adelmir.

Ainda de acordo com Santana, as vendas no DF começam, aos poucos, a dar sinais positivos. “No mês de maio, o comércio brasiliense registrou crescimento de 3,85% nas vendas”, informa Adelmir. Ele destaca ainda que o comércio de Brasília está mais otimista e acreditando em um ano com mais vendas do que nos últimos períodos.
“O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do DF cresceu em junho, fixando-se em 107,3 pontos. O resultado representa o quarto mês seguido acima da zona de indiferença, que é de 100 pontos. Na comparação com 2016, o índice teve alta de 25 pontos, o que realmente mostra que os empresários estão mais animados com as condições atuais da economia”, conclui.

A região do Brasil que mais perdeu lojas do varejo foi o Sudeste, com -5,004 mil de saldo negativo. A pesquisa mostra ainda que o estado de São Paulo foi que mais perdeu lojas na País, com redução de -2,497 mil estabelecimentos, seguido por Rio de Janeiro (-1,833 mil), Rio Grande do Sul (-815), Paraná (-681) e Santa Catarina (-536). O estado que registrou menor retração no número de estabelecimentos foi o Acre, com o saldo de -1 uma empresa fechada durante os primeiros meses do ano. Os segmentos que apresentaram o pior índice entre lojas abertas e fechadas, nacionalmente, foram: hiper e supermercados (-3,779 lojas fechadas), vestuário e calçados (-1,733) e artigos de uso pessoal e doméstico (-1,205).