Seleção foi realizada por meio de chamamento público; ao todo 14 instituições ficarão responsáveis por 17 mil crianças. Governo recomenda manter quadro profissional em caso de troca de gestão.
G1

Centro de Educação da Primeira Infância localizado em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)

O governo do Distrito Federal selecionou 14 instituições que vão administrar os Centros de Educação da Primeira Infância (Cepis) da capital. O governador, Rodrigo Rollemberg, anunciou as escolhas nesta terça-feira (11) em reunião com secretários. Ao todo, serão atendidas 49 creches que cuidam de 17.700 crianças.

A seleção foi feita por meio de chamamento público com base na lei distrital nº 13.019/2014, que trata das parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil. Como o último contrato do GDF com as gestoras dos Cepis está para vencer, a Secretaria de Educação abriu o procedimento para que outras instituições interessadas pudessem concorrer.

GDF começa a selecionar instituições que irão administrar 47 creches

Segundo a pasta, a seleção levou em consideração critérios definidos entre as próprias concorrentes e o governo, que classificou as instituições com base em pontos. No entanto, o representante da Cruz de Malta, que administra cinco creches, Frei Vicente, questiona o processo.

Segundo ele, as instituições que já tem parceria com o GDF deveriam receber pontuação a mais que aquelas que acabaram de se candidatar, porque têm maior proximidade com as crianças de que cuidam.

"A meu ver [o governo] deixa de incluir um pré-requisito básico que é a segurança afetiva das crianças, a partir da equipe pedagógica que há dois, três anos já está trabalhando com essas crianças."

Já o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, afirma que os critérios foram elaborados em conjunto pelas instituições ao longo de seis meses de negociação e que uma das orientações para evitar transtornos às crianças e famílias é que as vencedoras não mudem o quadro de funcionários.

"Trabalharemos para que o novo gestor mantenha todo o seu corpo docente, de funcionários naquela unidade. Nós queremos causar o menor impacto possível na vida da crianças."

O governo informou que, caso a instituição tenha que mudar a gestão, ela terá duas semanas de prazo para fazer transição. O período coincide com as férias escolares.