Desde que se tornou centro de referência para esse tipo de intervenção, já foram operados 273 pacientes.

Desde que o Hospital Regional de Samambaia iniciou o processo para se tornar Centro de Referência em Cirurgias Eletivas de Pequena e Média Complexidade — hérnia e vesícula, em novembro de 2016, a fila de pacientes que aguardavam por esses procedimentos naquela unidade de saúde foi zerada. Foram 273 pessoas contempladas.Equipe opera paciente com hérnia no começo do mês de junho, no Hospital Regional de Samambaia. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília – 7/6/2017

De acordo com a superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Lucilene Florêncio, o objetivo principal da criação desse centro de referência foi aumentar a produtividade e melhorar o atendimento ao cidadão.

A expectativa, segundo ela, é conseguir zerar a fila da Região Sudoeste e de todo o Distrito Federal.

Há um mês, o fluxo na região foi reorganizado para que o hospital de Samambaia fique responsável apenas pelas cirurgias eletivas (aquelas sem caráter de urgência ou emergência, com diagnóstico estabelecido e possibilidade de agendamento, conforme definição do Ministério da Saúde).

Com esse remanejamento, todas as operações de trauma da cidade, de Taguatinga e do Recanto das Emas são direcionadas ao Hospital Regional de Taguatinga.

Diariamente, são feitas 11 cirurgias no regional de Samambaia. Cada procedimento dura, em média, uma hora. O tempo de internação médio é de 31 horas, mas 24% dos pacientes já são liberados em 24 horas.

“Estamos com ambulatórios para atendimento aos pacientes de primeira vez para cirurgia geral, que não tenham diagnóstico definido, oriundos do Recanto das Emas e de demanda reprimida de Taguatinga”, detalha Lucilene. “Também já abrimos, por meio de protocolo, para outros hospitais enviarem pacientes que estão prontos para classificação e programação de cirurgia.”
11Quantidade diária de operações no Centro de Referência em Cirurgias Eletivas de Pequena e Média Complexidade do Hospital Regional de Samambaia

A chefe do Núcleo de Planejamento, Monitoramento e Avaliação do hospital, Michelle Lucas Nogueira, conta que foram abertos quatro novos ambulatórios semanais para essas consultas. “Isso representa 60 pacientes a mais entre a primeira consulta e retornos para marcação de cirurgias”, contabiliza.

Para permitir que o hospital de Samambaia atendesse à demanda, o centro cirúrgico passou por reforma e ganhou uma sala pré-operatória. Também foram reformados o laboratório e a radiologia e pintadas as enfermarias da clínica cirúrgica.

“Além disso, foi desenvolvido o procedimento operacional padrão das cirurgias eletivas e do centro de referência, que indica o fluxo de pacientes de outras regiões, permitindo maior alinhamento entre as áreas”, complementa a superintendente Lucilene. Segundo ela, há ainda o acompanhamento de indicadores para identificar as principais necessidades de ajuste no processo.