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A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada para uma ocorrência diferente na manhã desta quarta-feira (29): transportar um paciente para ser submetido a um transplante do coração. João Aparecido, de 65 anos, sofria de problemas cardíacos desde 2010. Em junho deste ano, segundo a esposa Teresinha Aparecida Delfina, o idoso entrou na fila para o procedimento.

A família foi pega de surpresa nesta manhã. Era por volta das 6h quando recebeu uma ligação do Instituto do Cardiologia sobre a disponibilidade do novo órgão. O homem mora em Sobradinho I, e o trânsito carregado na região era um desafio. Ele precisava chegar ao hospital até às 7h. “Fiquei desesperada. Não sabia o que fazer. Pedi um táxi, mas me falaram que não conseguiriam chegar a tempo por conta do trânsito. Liguei nos bombeiros e no Samu, mas só consegui contato com a PM”, conta Teresinha.

Segundo a Polícia Militar, a viatura conseguiu fazer o transporte em cerca de 15 minutos. Por volta do meio-dia, João Aparecido já estava internado para o procedimento. “Só tenho a agradecer à polícia por ter nos ajudado. Fiquei tão desesperada que até agora sinto uma dor no abdômen, porque eu não sabia quem chamar. Estava muito nervosa. Agora é só torcer e comemorar a nova vida”, celebra a mulher.

Brasília é destaque nacional no número de doações de órgãos. De janeiro a setembro de 2016, foram 31 transplantes de coração, contra 30 em todo o ano anterior. A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. No Brasil, para ser doador é preciso comunicar à família, pois somente os parentes podem autorizar a doação.