O assédio moral no trabalho caracteriza-se como o submetimento de um trabalhador a uma situação constrangedora, humilhante ou vexatória, de forma repetida e ao longo da jornada de trabalho.
Normalmente, o assédio moral no trabalho é vislumbrado nas relações de hierarquia entre o assediador e o empregado subordinado, de maneira a desestabilizá-lo de tal maneira que torna-se insustentável a continuidade no emprego, resultando em um pedido de demissão.
Porém, muitas vezes o assédio moral no trabalho é praticado por colegas de mesmo nível hierárquico, através de gozações, humilhações e comentários depreciativos que terminam por levar toda a equipe ao riso.
O que parece ser uma simples brincadeira pode ser – como muitas vezes é – assédio moral.
O assediador age de forma negativa em relação ao assediado, degradando suas condições laborativas ou pessoais, o que torna a produtividade aquém do esperado.
O resultado final é um trabalhador que traz prejuízos à organização pela baixa produtividade, além de passar a ter problemas emocionais e físicos em razão do assédio moral no trabalho.
Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), este tipo de violência psicológica é verificada em diversos países, sendo uma das principais causas de distúrbios psíquicos em países desenvolvidos, como Alemanha e Estados Unidos.
A humilhação repetida e prolongada no tempo, um dos aspectos da violência moral no trabalho, influencia na vida laboral, pois compromete diretamente a identidade da vítima e sua dignidade.
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Como identificar o assédio moral no trabalho?
A identificação do assédio moral no âmbito laboral nem sempre é tão fácil, mas algumas atitudes demonstram que é bem possível que a agressão esteja ocorrendo:
Isolamento do assediado de seu grupo de trabalho, sem justificativa plausível;
Hostilização, ridicularização de seu trabalho, inferiorização;
Humilhações, gozações, ‘brincadeiras’ de cunho depreciativo sobre aspectos físicos, psicológicos, ou laboral da vítima;
Fazer com que a vítima seja desacreditada de seu potencial e do trabalho prestado diante dos colegas.
Os demais funcionários, por medo de perderem seus empregos, muitas vezes identificam o assédio moral no trabalho, mas nada fazem no sentido de ajudar o colega assediado, chegando, não raro, a reproduzir os atos do agressor para manter-se no seu posto.
Estes atos colaboram para que a vítima perca sua autoestima, tornando-se extremamente frágil diante do assédio sofrido.
Atos isolados podem ser considerados assédio moral no trabalho?
Os atos isolados não são considerados como assédio moral, tendo em vista que este pressupõe a existência de alguns elementos, como:
Repetição sistemática dos atos praticados;
A vontade deliberada em fazer o colega pedir demissão ou intenção de ridicularizá-lo;
O ato ser direcionado a uma pessoa específica do grupo de trabalho;
Os atos serem praticados ao longo da jornada de trabalho, por vários dias ou meses.
Como se defender do assédio moral no trabalho?
Evitar que o assédio moral no trabalho ocorra é tarefa complicada.
Quando o assediador decide atacar sua vítima, ela pode apenas se defender, não tendo como impedir que os ataques iniciem.
É preciso que você saiba que a culpa não é sua.
O assédio moral pode ocorrer por diversos motivos:
competitividade,
medo de perder o cargo para você,
ou um simples ‘não ir com a cara’.
Independentemente do motivo, a prática é abominável e alguns procedimentos de defesa podem e devem ser utilizados.
Muitos brasileiros escondem da empresa que estão sofrendo um assédio moral por receio de perderem o emprego.
Contudo, esta atitude só irá fazer com que o agressor intensifique os ataques.
Procure alguém de confiança na empresa para contar sobre o ocorrido, e, até mesmo, o setor de Recursos Humanos.
Documente todas as abusividades cometidas contra você.
E-mails, mensagens, ofícios ou mesmo gravação de voz serão essenciais.
Apesar de sempre surgir a dúvida se a gravação de voz é legal, caso a vítima esteja gravando a própria conversa com o agressor, é totalmente lícita a gravação.
Dirija-se ao sindicato de sua categoria ou ao Ministério Público do Trabalho, pois ambos podem oferecer ajuda e suporte em situações de assédio moral no trabalho.
Se nenhuma providência for tomada, converse com um advogado e peça orientações de como proceder, pois você poderá ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho.
Como as empresas podem evitar o assédio moral no trabalho?
Grandes empresas, como a TIM e Petrobrás, por exemplo, possuem um canal de diálogo com os funcionários, uma espécie de Ouvidoria.
Através desse canal a vítima do assédio moral no trabalho poderá relatar à empresa o que ocorre para que esta tome as providências cabíveis imediatamente.
O interesse em manter um ambiente saudável de trabalho também é do empregador e, por este motivo, você não deve ter receio em procurar ajuda dentro do seu local de labor.
Um ambiente desequilibrado traz prejuízos organizacionais, pois a motivação da vítima cai e sua produtividade deixa de ser a esperada.
Portanto, denuncie à empresa.
Fonte: Beleza e Moda
Fonte: Beleza e Moda
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