Alunos do Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo visitaram a sede diplomática do país nesta quinta-feira (21) por meio do Programa Embaixadas de Portas Abertas.

Os alunos do sexto ano do Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo, em São Sebastião, conheceram um pouco da cultura e da história dos Emirados Árabes Unidos. Os jovens visitaram a sede da representação diplomática do país nesta quinta-feira (21), por meio do programa Embaixadas de Portas Abertas.Alunos do Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo, em São Sebastião, conheceram na manhã desta quinta-feira (21) a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Eles foram recepcionados pela embaixadora Hafsa Abdulla Mohammed Sharif Al Ulama, que assumiu o cargo no Brasil no ano passado — antes, exercia a função em Montenegro. “É uma honra poder mostrar um pouco do país para as crianças do Brasil”, disse.

Tâmaras foram servidas aos alunos, que puderam provar a fruta enquanto assistiam à apresentação. O país é composto por sete emirados: Abu Dhabi (capital), Ajman, Dubai, Fujairah, Ra’s al-Khaimah, Sharjah e Umm Al-Quawain.

A colaboradora do governo e idealizadora do projeto, Márcia Rollemberg, participou do encontro. “É um programa integrado ao Criança Candanga, que envolve o estudante e desperta nele a vontade e a curiosidade de conhecer outros locais”, afirmou.
"É um programa integrado ao Criança Candanga, que envolve o estudante e desperta nele a vontade e a curiosidade de conhecer outros locais"Márcia Rollemberg, colaboradora do governo e idealizadora do Embaixadas de Portas Abertas

A turma é composta por alunos de 10 a 12 anos. “Essa é uma oportunidade de conhecer além das nossas fronteiras, em São Sebastião, e saber que há muito mais”, ressaltou o diretor da instituição, Rafael Montforte.

Cerca de 80% da população dos Emirados é composta por imigrantes, principalmente árabes de países vizinhos e indianos. Com isso, a culinária emiradense recebeu influências da Índia, como o tchai – chá com especiarias orientais e leite.

Para aproximar as crianças da sua cultura, a embaixada providenciou pintura de henna, além de uma pessoa para transcrever os nomes dos alunos em árabe.

A estudante Maria Eduarda Lima, de 11 anos, participou das atividades. Também provou quibe, falafel (bolinho frito à base de grão de bico), tahine (molho feito com gergelim) e o pão sírio.

Ela contou que não conhecia muito sobre o país. “Nunca tinha pensando em ir para lá, mas quando eles falaram e mostraram tudo, fiquei com muita vontade. Quero muito conhecer”.
O programa Embaixadas de Portas Abertas

O Embaixadas de Portas Abertas começou, como piloto, em 2015 e foi instituído oficialmente em 9 de agosto de 2017.

A iniciativa é uma parceria da Assessoria Internacional com a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que leva os alunos às embaixadas.

As representações diplomáticas interessadas em participar podem enviar e-mail para assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.

As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.
Curiosidades sobre os Emirados Árabes

O país foi oficialmente formado em 1971, com a união dos emirados. Cada um deles tem soberania sobre os assuntos internos. É a segunda maior economia do mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita.
A economia dos Emirados Árabes é baseada na venda de petróleo. Também há forte investimento em tecnologia e turismo

A principal fonte de renda é a exportação, sobretudo de petróleo. Os Emirados também são um dos principais hubs aeroportuários (utilizados como ponto de conexão para outros destinos), que liga, por exemplo, a China e o Brasil.

Para sair da dependência econômica do petróleo, o país tem investido em tecnologia e em turismo. Neste ano, foi criado o Ministério da Inteligência Artificial, órgão público voltado ao desenvolvimento tecnológico.

No turismo, os Emirados se destacam pelo prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com 830 metros de altura e 160 andares. Lá também funciona a maior tirolesa do planeta, com 1.680 metros de altura e 2.830 metros de extensão.

Em 2017, as Organizações das Nações Unidas (ONU) atribuíram ao país o título de maior doador do mundo em ajuda humanitária.

A moeda se chama dirham, termo oriundo do grego, que significa mãos cheias. A cotação atual é de R$ 1 para cada 1,02 dirham.

Fonte: Agência Brasília