Foto: Francisco Nero/Jornal de Brasilia

Roundlaw permite a adoção de critérios inovadores para acessar dados e para selecionar o profissional de forma mais eficiente

Procurar um advogado nem sempre é uma tarefa fácil. Há inúmeras equações a serem levadas em consideração. E, apesar de ser ainda relativamente jovem, Brasília tem cerca de 42 mil advogados, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Isso faz com que a escolha fique mais difícil.

Então, onde buscar? Para dar um fim às dúvidas, uma nova plataforma foi lançada na Capital: a Roundlaw, que faz parte do grupo de tecnologia suíço Tech Vanguard. Uma união da tecnologia, que cada vez mais rompe barreiras, com o mundo do Direito.

O serviço não pretende proporcionar apenas um catálogo ao público, muito menos um ranking, mas criar uma plataforma em que os clientes podem procurar os advogados mais bem preparados em uma determinada área. Para dar tratamento mais humanizado e mais rápido, não há cadastro de escritórios, apenas do advogado. Dessa forma, se uma corporação ou um cidadão qualquer tem o interesse de contratar profissional do Direito, vai tratar diretamente com ele. Sem intermediários.

A escolha pode ser feita em três cliques. Primeiro, escolhe-se o estilo de profissional, que pode ser um mais conhecido ou mais inovador. Depois, a cidade e, em seguida, a especialidade. Tudo é feito pelo site da empresa Roundlaw e está disponível gratuitamente a todos. São escolhidos apenas cinco advogados de cada área com perfis e que fazem os mais diferenciados preços. Tudo para facilitar a vida de quem precisa do serviço. Aqui, o importante é a qualidade e nunca a quantidade. Entre esses cinco da área, não existe uma hierarquia. Todos ali são referências.

O Brasil foi escolhido para o lançamento do serviço por ser o terceiro maior mercado para o Direito do mundo. Segundo a CEO da Roundlaw, Elizaveta Uvarova, a ideia surgiu no início de 2017 quando ela e outros integrantes da Tech Vanguard estavam no Brasil e precisavam do serviço de um advogado. Apesar de vários catálogos, não conseguiam encontrar com facilidade um que fosse bem recomendado tanto pelo currículo quanto por consultas.

O jeito foi criar uma espécie de catálogo onde fosse possível aproximar o advogado do público de forma inovadora, com bastante uso do marketing. “Nós víamos que os advogados não sabiam utilizar o marketing e as redes sociais para se aproximar das pessoas. Ainda não havia muitas referências na união da tecnologia com o Direito. Somos vanguarda nesse sentido”, afirma a CEO.

Com funcionamento no Rio de Janeiro e em São Paulo, a chegada a Brasília era um processo inevitável, avalia Elizaveta Uvarova. “Brasília é a Capital deste país que tem tanto para crescer no Direito. Eu adoro a cidade, que me acolheu muito bem. Percebemos que não tinha jeito de ficar longe daqui”, diz a empresária, que busca suprir a lacuna de tecnologia que o setor sofre na Capital.

O criminalista Ticiano Figueiredo percebe que o lançamento da Roundlaw em Brasília é reflexo dos processos que envolvem o Direito moderno. “É um pioneirismo que precisa ser copiado e replicado não apenas aqui em Brasília, mas em todo o Brasil. Em especial porque está de acordo com ar normas do Direito”, afirma.

Já a empresária Sofia Peixoto, conhece bem do ramo de tecnologia e percebe que o sistema criado pela Roundlaw facilita muito a comunicação com o consumidor final pois faz uma ponte rápida entre quem precisa e quem fornece o serviço. Dessa forma, tudo pode ser feito de forma mais clara e integrada.Sofia Peixoto: sistema abre ponte rápida entre quem precisa e quem fornece o serviço na área jurídica. Foto:Francisco Nero/Jornal de Brasilia

União da tecnologia com o Direito

Para quem conhece bem o mercado, a união da tecnologia com o Direito é uma inovação e tanto. O ex-desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Fernando da Costa Tourinho Neto acredita que o envolvimento da tecnologia nas praxes do Direito se tornou essencial para os novos tempos. “Não tenho dúvida que a tecnologia modificou tanto a forma de comunicação com os Tribunais quanto o dia a dia do profissional”, analisa.

Em Brasília, já são mais de 100 advogados na base de dados, apesar de o lançamento ter ocorrido nesta quinta (30), nas mais diversas áreas. Há alguns meses, começou a busca dos nomes mais importantes para compor o serviço na Capital. Quem, aqui, precisar do Roundlaw, já pode utilizá-lo hoje mesmo. Até porque já existem vários advogados no sistema.

Um deles é o especialista em Direito Administrativo Leonardo Maciel Marinho. Ele faz parte do Roundlaw desde o início do cadastro dos profissionais da cidade. “Esse era um serviço que faltava em Brasília. Tanto nós quanto os clientes só têm a se beneficiar dele. É bom saber que você está entre alguns dos mais bem reconhecidos na cidade”, afirma. Ele espera que o serviço movimente ainda mais o mercado local que já tem bastante qualidade.Fernando da Costa Tourinho Neto, Juiz do TRF 1ª Região. Foto: Francisco Nero/Jornal de Brasilia

Já o tributarista Roberto Duque Estrada está no projeto desde a sua chegada no Brasil. O carioca ficou sabendo do mesmo pela CEO Elizaveta e está feliz em perceber que ele chancela o crescimento do Direito e do próprio advogado entre os clientes e de seus pares. No Rio de Janeiro, são 113 os advogados incluídos, em mais de 10 áreas.

“É uma ideia inovadora no sentido de que traz uma nova visão para o advogado. Ela foge do tradicional e torna o negócio mais interessante tanto para o advogado mais antigo quanto para o mais novo. Ela mostra o meu trabalho”, afirma o especialista, com 25 anos de estrada. Em São Paulo, são 150 profissionais inscritos e que podem ser alcançados quando necessário.

Em todo o País, eles ficam divididos em dois níveis: os Roundlaw Selection e os Marketing Recognition. Os primeiros são os que pensam “fora da caixinha” e que, independente da idade, mostram-se como inovadores em relação ao Direito. Já os outros são os “medalhões”. Os mais reconhecidos do mercado e que, se fosse pedida uma indicação, a maioria das pessoas os indicaria. A diferenciação, segundos os criadores, é para personalizar ainda mais o serviço ao público interessado.

Já presente nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e, agora, de Brasília, a empresa tem como próximos passos se expandir para outras capitais que tenham papel importante para o País.

“Temos planos para abrir o sistema em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Recife. Queremos estar em todas as regiões do País”, revela a CEO da Roundlaw, Elizaveta Uvarova.

Segundo ela, há ainda planos para crescer em outras frentes e não apenas no número de advogados. Porém, ela garante que não haverá abandono da qualidade nem da intenção de inovar tenologicamente.

Para ela, o importante é que as pessoas mudem a percepção que tem do Direito e dos advogados e consigam, mais facilmente, utilizar esses serviços essenciais para fazer valer seus direitos de forma adequada aos padrões inovadores do mundo de hoje.

Fonte: Jornal de Brasilia