A luta contra o câncer é de todos

A Campanha Outubro Rosa tem como objetivo alertar sobre a importância de fazer o auto exame e também mamografias regulares. Isso porque quando o câncer de mama é descoberto no início as chances de cura aumentam consideravelmente. Hoje, é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres ao redor do mundo.

Tendo em vista a Campanha resolvemos abordar um assunto que não é muito discutido: a família.

Todas as famílias passam por situações de adversidades em que um membro precisa do apoio do outro para se recuperar e ganhar fôlego para continuar. E após o diagnóstico do câncer a situação é a mesma. Afinal, a luta contra a doença não é dolorosa apenas para a paciente, mas para quem está ao redor também. A mente de quem está próximo de um paciente com câncer de mama fica bem afetada com medos e incertezas.

“O apoio de um profissional para os familiares é muito importante, pois é uma fase muito complicada em que a família precisa aprender a lidar com altos e baixos, crises e momentos de reclusão, principalmente por causa da insegurança que o câncer de mama provoca: Muitas mulheres ainda se veem como objetos na própria família, objeto sexual do marido, objeto de cuidado de filhos e pais, e uma doença incapacitante como o câncer, a possibilidade de perder o seios e deixar de ser um objeto de desejo acaba por lança-las numa situação de inconstância emocional difícil de administrar. Explica a psicanalista Debora Damasceno coordenadora da Escola de Psicanálise de São Paulo.

Muitas mulheres acabam se afastando dos maridos por medo e/ou vergonha do corpo após a remoção da mama ou perda dos cabelos. E, muitos não entendem e querem apoiar, mostrar que isso não interfere em nada, mas não sabem como. Por esse motivo, procurar uma terapia pode ajudar a contornar a situação e conseguir a tirar esse ‘medo’ para que a vida volte à normalidade.

Também podemos observar casos em que os familiares antecipam o luto. E isso, acaba sendo muito ruim, pois na maioria das vezes eles se sentem mal por pensar em questões de como vai ser o futuro sem a pessoa, arrependimento e culpa. 

Nesses casos o profissional procurará as raízes dessas fantasias e o reconhecimento dessas como parte de nossa humanidade. “Por mais que amemos alguém, num momento de frustração desejamos sua morte ou sua ausência. Esse pensamento inconsciente mais a fantasia infantil de onipotência pode fazer com que nos responsabilizemos pela doença que não é de nossa responsabilidade e negligenciemos a cura, cujo cuidado nos concerne. Conclui Debora Damasceno

Com o tempo o objetivo da terapia, seja individual ou grupal, é ajudar no entendimento do momento que estão passando. Os familiares que costumam procurar ajuda apresentam melhorias significativas na redução do estresse, nos equilíbrios de ansiedade e até mesmo de humor.

A Escola de Psicanálise de São Paulo possui profissionais altamente capacitados que podem ser fontes e ajudar em matérias relacionadas a esse tema. Estamos à disposição para entrevistas e consultorias.


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