Não há ensino médio público na cidade

A professora Natalha Silva Nascimento, do Centro de Ensino 2 da Cidade Estrutural, defendeu enfaticamente a necessidade de construção de unidades escolares naquela cidade durante reunião da Comissão de Educação e Saúde (CES) na manhã desta quarta-feira (17). Não há Ensino Médio na Estrutural, nem turnos suficientes para o Ensino Fundamental frente à demanda dos moradores. Segundo a professora, a consequência, além do desgaste com o deslocamento diário dos estudantes para outras localidades, é a perda de identidade com a cidade. Um exemplo é a realidade da comunidade local, que sofre com os cheiros dos gases oriundos do lixão que ali existiu. "A decomposição do lixo que está embaixo da cidade" causa prejuízos à saúde e o modo de conscientizar as pessoas sobre esse problema, de acordo com Natalha Nascimento, é por meio da educação. "O esclarecimento só é possível na escola", sentenciou.

O deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) corroborou com Natalha sobre a importância desse pertencimento e identidade entre o aluno e a cidade onde vive. Por outro lado, Veras explicou que a demanda por novas escolas é uma "luta" de longo prazo. O parlamentar lembrou que há quatro anos a Comissão de Educação pressiona o governo para construção de unidades escolares, não apenas na Estrutural, mas também em outras cidades, como Santa Maria e Riacho Fundo II. "Não é algo que vai acontecer a curto prazo, mas nem por isso vamos desistir", disse Veras, ao propor um plano emergencial para construção de unidades escolares no DF.

O presidente da comissão, deputado Wasny de Roure (PT), convidou a professora para participar de reunião na Secretaria de Educação para tratar sobre o tema. "Vamos ver a possibilidade de equacionar o problema", prometeu. Ao término do encontro de hoje, Wasny convocou os integrantes da comissão para reunião extraordinária na próxima quarta-feira (24) a fim de apreciar a pauta de votações.

Franci Moraes
Foto: Rinaldo Moreli
Comunicação CLDF - Comunicação Social