Em época de férias, especialistas alertam para os riscos de traumatismos infantis e reforçam as orientações de prevenção. 

No período de férias escolares, a diversão faz parte do dia a dia da criançada. Com mais tempo livre, as brincadeiras costumam ser acompanhadas dos colegas em locais variados e, até mesmo, em casa. Mas, atenção! O momento pede mais cuidado dos adultos. Isso porque elas acabam ficando mais expostas ao risco de traumas e lesões causados por ações violentas, seja química ou física, como quedas, batidas, intoxicação e queimaduras. 

Segundo o neurocirurgião da Neuro

Anchieta/Hospital Anchieta, André Borba, se não houver atenção desde o início, existe o risco de problemas graves. “O trauma pode causar desde um pequeno incômodo até uma lesão intracraniana. É preciso atenção integral à criança. Até ações consideradas simples, como brincar no pula-pula ou crianças correndo que acidentalmente batem a cabeça, podem gerar traumas críticos”, alerta. 

“Embora existam mecanismos anatômicos que relativamente protegem a criança vítima de trauma, nem sempre são suficientes. Quando ocorre essa situação, a criança pequena pode não conseguir transmitir a gravidade do problema por apresentar limitações óbvias na comunicação. Então, os pais precisam ficar alertas a alguns sinais, tais como mudança no padrão alimentar e de sono, irritabilidade, vômitos, choros aparentemente sem motivo e qualquer alteração no comportamento habitual”, reforça o neurocirurgião André Borba. 

Dicas importantes para evitar traumatismo infantil: 

· Uso de capacetes para ciclismo, skate, patins, hipismo; 

· Travar a grade do berço; 

. Travar a alça e usar o cinto do bebê conforto; 

· Colocação de redes ou barras nas janelas; 

· Não utilizar andadores; 

· Evitar que a criança se aproxime de lajes ou vãos livres altos; 

· Evitar que a criança se aproxime de portões próximos a escadas; 

· Uso de cinto de segurança e acessórios apropriados para crianças no banco traseiro dos automóveis; 

. Atenção para o uso correto e necessário de bebês-conforto, cadeirinhas e assentos elevadores de acordo com a idade da criança; 

. Evitar crianças menores de doze anos no banco da frente. O próprio air bag do carro pode ser causa de trauma para esses pequenos.