São 11,2 mil residências a mais do que em 2018, segundo a Secretaria de Saúde, mesmo com ajuda da Justiça. Porém, número de coletas aumentou.

As chuvas chegaram e, por isso, a população precisa redobrar os cuidados de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Também é tempo de intensificação do trabalho da Secretaria de Saúde (SES). De janeiro a setembro deste ano, 834.449 imóveis foram inspecionados em todas as regiões administrativas, segundo dados da Diretoria de Vigilância Ambiental (Divam).

Nesse período, houve a coleta de 25.210 amostras — um aumento de 247% se comparado ao ano passado, quando foram recolhidas 7.266 amostras. Em nove meses, 989.526 imóveis também receberam o fumacê, que ajuda a combater o mosquito.

As autoridades pedem o engajamento de toda a população na luta contra o mosquito. De acordo com os dados da SES, 142.651 imóveis estavam fechados para as inspeções, de janeiro a setembro deste ano.

Isso representa 11,2 mil residências a mais do que no mesmo período de 2018, quando 131.368 imóveis não tiveram a visita de agentes da Vigilância Ambiental por estarem fechados ou porque os donos não permitirem o acesso.
Justiça

Em setembro, a pasta foi autorizada pela Justiça a entrar em ambientes fechados e abandonados. A medida também vale para locais onde houver negativa de acesso aos servidores.

Conforme a sentença, proferida pela 3ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, os agentes podem acessar esses locais apenas no estrito cumprimento de atividades de combate ao mosquito, devidamente identificados, por meio de crachá e roupas adequadas.

“As visitas domiciliares são rotineiras e acontecem em todo o Distrito Federal. Antes das chuvas, foram realizados manejos preventivos, com a busca e retirada dos focos da dengue. Agora estamos investindo no tratamento de todos os depósitos estratégicos, onde houve maior incidência do vetor”, afirma o diretor da Divam, Edgar Rodrigues.

BRASIL
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DISTRITO FEDERAL

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O mosquito

O Aedes aegypti é um mosquito doméstico. Ele vive dentro de casa e perto dos seres humanos. A reprodução acontece em água parada, limpa ou suja.

“É preciso que os moradores sempre façam varreduras em casa, eliminando a água parada em recipientes, calhas, ralos, entulhos e algumas plantas, como é o caso das bromélias”, orienta a chefe do Núcleo Ambiental Sul da Divam, Aline Ruben Cardoso.

Assim, é importante tampar tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas viradas com a boca para baixo, as lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela. Além disso, é essencial limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia e retirar água acumulada na área de serviço.

Ao apresentar sintomas típicos da dengue, como febre, dores de cabeça, dor atrás dos olhos e nas juntas, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. (Com informações da Agência Brasília)