Alerta é da Vigilância Sanitária, que tem percorrido estabelecimentos da capital em blitze educativas.

Era final da manhã de sexta-feira (17) quando o gerente de alimentos da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, André Godoy, voltava da vistoria de um supermercado no Paranoá. Propenso a uma denúncia, verificou que o estabelecimento descumpria as normas técnicas divulgadas pelo órgão com orientações de prevenção à transmissão do coronavírus. Viu filas sem respeito à distância entre as pessoas, carrinhos e cestas não higienizados e aglomerações de consumidores sem máscaras de proteção.

O problema tem sido recorrente em diversas lojas em que a retomada do funcionamento foi permitida pelo Governo do Distrito Federal desde o mês de março, principalmente no comércio varejista e atacadista – que, junto com padarias e lanchonetes, têm sido vistoriados por técnicos da Vigilância Sanitária durante a pandemia. São 80 fiscais divididos em 22 núcleos que atendem às regiões administrativas.

Ligada à Secretaria de Saúde, a Vigilância Sanitária tem entre suas funções a promoção de estratégias educativas e fiscalizatórias que eliminem, diminuam ou previnam riscos à saúde da população. Durante a pandemia de Covid-19 (doença causada pelo novo vírus), por exemplo, o órgão já divulgou dez notas técnicas direcionadas a diversos segmentos, como serviços de delivery, hospitais e até presídios.

Educativo

André Godoy explica que as blitze têm caráter estritamente educativo, cabendo ao DF Legal as providências de notificação, multa e até suspensão das atividades de comerciantes que descumprirem as determinações do GDF amparadas pela ciência e por órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do vírus. Ainda assim, tanto empresários quanto a própria população precisam colaborar.

“Os supermercados estão cheios, as pessoas muito próximas umas das outras. Crianças e até idosos. É preciso que todos fiquem atentos às necessidades de controle de contágio da Covid-19”, alerta o gerente de alimentos.

As regiões periféricas do Distrito Federal são as que menos têm seguido as orientações da OMS repassadas pelo GDF. A Vigilância Sanitária informa que o uso correto de máscaras é recomendado – ao contrário de luvas, quando mal manipuladas – e que a maneira mais eficaz de eliminação do vírus é lavar as mãos adequadamente, além de higienizá-las com álcool em gel.

Entre as normas técnicas da nota divulgada aos comerciantes estão, além do distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, a desinfecção frequente de balcões, máquinas de pagamento de cartão e lavagem correta de utensílios manipulados por trabalhadores que preparam alimentos, assim como a suspensão das degustações.

*Com informações da Ag. Brasília