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Uma publicação da revista Nature, ontem (12/8), mostra que a candidata à vacina contra o novo coronavírus das empresas americanas BioNtech e da Pfizer foi capaz de induzir uma resposta imune robusta nos voluntários das fases 1 e 2 dos testes clínicos.

O estudo envolveu 45 pessoas saudáveis, todas com menos de 55 anos. De acordo com os resultados, eles produziram níveis de anticorpos neutralizantes de 1,9 a 4,6 vezes maiores do que os registrados em pacientes curados da Covid-19. Os participantes receberam doses de reforço após 21 dias e, mesmo antes da segunda dose, apresentavam anticorpos contra o Sars-CoV-2.

A resposta imunológica foi proporcional à dose aplicada - variável de 10 a 100 microgramas, com melhor resultado entre aqueles que receberam 30 microgramas. Os pesquisadores destacaram que não houve diferenças notáveis na resposta imune entre os participantes que receberam 30 microgramas e os que receberam 100 microgramas.

Os voluntários que receberam a dose maior não tomaram reforço, pois apresentaram efeitos colaterais leves e moderados, como dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, febre e distúrbios do sono.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em julho que o Brasil integre a última fase dos estudos desta vacina. Mil voluntários serão recrutados nos estados de São Paulo e da Bahia.