No Mês da Mulher, GDF realizará mamografias e retirada de novos documentos a mulheres trans na penitenciária feminina do DF.

“Fico esperançosa em deixar uma mensagem de que aqui não é o fim, mas
 um ponto de recomeço na construção de um futuro diferente” - Mayara Noronha Rocha, primeira-dama do DF.

O propósito de o Governo do Distrito Federal (GDF) promover assistência médica e social aos cidadãos de Brasília se estende às cerca de 700 reeducandas da Penitenciária Feminina do DF. Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, uma ação integrada de governo promove a realização de exames como mamografias e retirada de novos documentos de mulheres trans na unidade prisional do Gama, a Colmeia.

O mutirão é liderado pelo gabinete da primeira-dama do DF, Mayara Noronha, com a participação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges), da Secretaria da Mulher, da Defensoria Pública do Distrito Federal, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e da Federação do Comércio (Fecomércio).Solenidade marca lançamento de um espaço lúdico para receber as crianças na área de espera em dias de visitas | Fotos: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

“Fico esperançosa em deixar uma mensagem de que aqui não é o fim, mas um ponto de recomeço na construção de um futuro diferente”, afirmou Mayara, durante a solenidade de lançamento de um espaço lúdico para receber as crianças na área de espera em dias de visitas. “Existe uma agenda governamental chamada Março Mais Mulher, onde a atenção do governo é dar a todas as mulheres, inclusive as em situação prisional, o acesso aos seus direitos, entre eles à saúde”, completou a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.

Até o dia 18 de março serão oferecidos 37 exames de mamografia, 128 citopatológicos – teste realizado para detectar alterações nas células cancerígenas do colo do útero -, 240 consultorias jurídicas, 12 retiradas de documentos de identidade e 114 exames oftalmológicos.

“Fazemos um acompanhamento médico das detentas, mas um movimento como esse, que envolve tantos parceiros, é sempre bem-vindo”, explica a diretora da penitenciária, Narjara Cabral.

O projeto Ame as Mulheres Esquecidas (AME) dá suporte emocional e religioso às reeducandas da penitenciária feminina e é conduzido pela filantropa Shaila Manzoni. Parceira do GDF na semana do mutirão, ela acredita que ações como esta ajudam a melhorar o comportamento desse público em situação de cárcere e a diminuir os índices de reincidência. “É uma forma de mostrarmos que elas não estão esquecidas por nós”, completa.

A Penitenciária Feminina do Distrito Federal é um estabelecimento prisional de segurança média destinado ao recolhimento de sentenciadas a cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado e semiaberto com e sem benefícios externos, bem como de custodiadas provisórias que aguardam julgamento pelo Poder Judiciário. Em caráter excepcional, e em casos previamente analisados pela Vara de Execuções Penais, abriga presas provisórias federais.

Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno