Diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença crônica não transmissível (DCNT) que está entre as 10 principais causas de morte nos países ocidentais e representa 90 a 95% das pessoas com algum tipo de diabetes. Sua principal característica é a alteração da secreção do hormônio insulina pelas células beta do pâncreas em conjunto com a redução do transporte e metabolismo da glicose, que são estimulados pela insulina. Tem como consequência a elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), podendo gerar então uma série de sintomas característicos dos portadores do diabetes: falta de energia, fraqueza muscular, perda de peso, sede e fome excessiva. A longo prazo, pode levar a complicações mais sérias como dificuldade de cicatrização (formação do pé diabético), perda da visão e das funções renais, elevação da pressão arterial, impotência sexual, dentre outras.

A prevalência da doença tem crescido significativamente nos últimos tempos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que mais de 150milhões de pessoas são portadoras desta doença em todo o mundo. Mas o que é mais preocupante é que provavelmente até 2025 este número dobrará acompanhado do aumento da obesidade, enfermidade que pode levar ao desenvolvimento do diabetes.

O quadro no Brasil não é diferente do mundial e esse incremento na prevalência do diabetes deve-se à transição nutricional: Alteração na estrutura da dieta com crescente aumento do consumo de alimentos industrializados ricos em gorduras trans e carboidratos simples, acompanhado da redução de consumo de alimentos in natura fontes de fibras, vitaminas e minerais, associados à falta de atividade física. Condição que favorece o surgimento da obesidade, principal fator associado a formação do diabetes.

Tendo em vista as graves complicações a que estão sujeitos os portadores do diabetes mellitus tipo 2, é necessário que se faça uma intervenção nutricional adequada. Mudanças do estilo de vida, com melhora do padrão alimentar, abandono do sedentarismo e redução de peso, estão entre as principais estratégias para prevenção e controle do quadro. Estratégias mais específicas como contagem de carboidratos e utilização de fitoterápicos, podem ser positivas quando acompanhadas por profissionais habilitados.

Sabe-se também que fatores genéticos podem ser relacionados ao surgimento de alterações metabólicas favoráveis ao desenvolvimento do diabetes. Mas os fatores ambientais ainda são mais importantes nesse processo.

Veja na tabela, algumas alterações que você pode fazer na sua alimentação para reverter o quadro de hiperglicemia.


Além disso, evite ficar longos períodos sem se alimentar, controle as quantidades dos alimentos, utilize corretamente os medicamentos se for o seu caso e pratique atividade física diariamente.


Rayana Moreira de Assis
Graduada em Nutrição pela Universidade Católica de Brasília – UCB
Especialização em Nutrição Clínica e Estética pelo Instituto de Pesquisa e Gestão em Saúde - IPGS.
Especialização em Fitoterapia pelo Instituto de Pesquisa e Gestão em Saúde – IPGS.
Contato: rayananutri@gmail.com (61)984455134