Passageiros da Rodoviária do Plano Piloto participarão de um quiz interativo sobre os principais mitos relacionados ao tumor

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres do Distrito Federal e, em Brasília, a incidência da doença é ainda mais elevada, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), superando as taxas nacionais. Por isso, neste Outubro Rosa, a cidade foi uma das capitais brasileiras selecionadas para receber a campanha SAÚDE SEM MISTÉRIO – 10 MITOS SOBRE O CÂNCER DE MAMA, que já passou por São Paulo e Minas Gerais. Até o fim deste mês, a mobilização também vai tomar conta de Porto Alegre (RS) e do Rio de Janeiro (RJ).

A iniciativa vai mobilizar estações de metrô, terminais de trens, rodoviárias e parques de diferentes regiões do Brasil com o objetivo de levar informação de qualidade sobre a doença à população. Promovida pela Pfizer com o Instituto Oncoguia, uma das principais ONGs de apoio aos pacientes com câncer do País, a campanha desembarca em Brasília nos dias 16 e 17 de outubro.

A ideia é que passageiros, funcionários e transeuntes da Rodoviária do Plano Piloto possam testar seus conhecimentos sobre a doença por meio de um quiz interativo composto por dez questões relacionadas ao câncer de mama. O quiz estará em uma tela touch acoplada a uma promotora, ou touchwoman, que vai caminhar pela rodoviária para interagir com o público, convidando a população a saber mais sobre o tumor. Nos dois dias o dispositivo vai circular das 10h às 16h.

Todos os participantes da iniciativa receberão um folheto educativo com explicações sobre os 10 principais mitos associados à doença, que representam os tópicos abordados pelas perguntas do quiz. São questões simples, totalmente relacionadas ao dia a dia das pessoas, como a interferência do sedentarismo, da obesidade e da ingestão de bebidas alcoólicas sobre o risco de desenvolver o câncer de mama, por exemplo.

Para os passageiros que conhecem alguém vivendo com câncer de mama também será distribuído um material para auxiliar a paciente durante o tratamento e nas consultas médicas. Trata-se de um kit composto por três publicações especialmente voltadas para essas mulheres: o guia Meu médico e Eu, o folheto Tópicos da conversa com meu médico e o manual Eu e o Câncer de Mama Metastático. O desenvolvimento do kit foi realizado juntamente com a União Latino-Americana de Combate ao Câncer da Mulher (Ulaccam).
Campanha global

A ação educativa SAÚDE SEM MISTÉRIO – 10 MITOS SOBRE O CÂNCER DE MAMA faz parte da campanha globalCada Minuto Conta, uma iniciativa desenvolvida pela Pfizer em parceria com a União Latino-americana Contra o Câncer da Mulher (Ulaccam), com o objetivo de aumentar o conhecimento público sobre a doença, esclarecer mitos e expandir as discussões sobre o tema com toda a sociedade. 

“Durante o Outubro Rosa, todas as atenções se voltam para o câncer de mama e o momento é ideal para aprofundar as discussões sobre a doença no Brasil. Mas, embora muito se fale de prevenção, é preciso também fomentar um espaço em que as pacientes com a doença avançada ou metastática possam se sentir igualmente acolhidas”, afirma Correia.

O diagnóstico precoce é importante para reduzir o risco de metástase em mulheres com câncer de mama, mas até 30% das pacientes evoluem com progressão da doença e aparecimento de metástases mesmo que a enfermidade seja detectada precocemente1.

“Se no passado as perspectivas eram limitadas para a paciente metastática, hoje já existem medicamentos que podem controlar a doença por vários anos, mesmo quando ela é diagnosticada em estágio avançado. Os eventos adversos também são mais brandos, preservando a qualidade de vida”, complementa Correia.

A doença: Brasil e DF

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres, tanto no Brasil como no mundo, respondendo por 22% dos novos casos de câncer no País a cada ano, de acordo com o INCA. No Distrito Federal, 960 novos casos da doença serão registrados até o fim do ano.

Os dados do INCA apontam que a incidência estimada de câncer de mama em Brasília é de 67,74 novos casos a cada 100 mil mulheres, uma das taxas mais elevadas entre as capitais do País. O número é superior à taxa bruta de incidência da doença no Brasil, que é de 56,2 pacientes a cada 100 mil mulheres. Por outro lado, dados da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal apontam que apenas 2 mil das 5,4 mil vagas para mamografia ofertadas por mês na rede pública, por exemplo, são preenchidas.

O rastreamento é uma medida essencial para a detecção precoce do câncer de mama. Mas, em países em desenvolvimento como o Brasil, um maior número de pacientes recebe o diagnóstico da doença em uma fase já avançada. Os dados mais atualizados do INCA sobre esse problema são de 2013, quando 14.388 pessoas morreram no País por causa da doença. Na América Latina, a cada ano, são diagnosticados 150 mil novos casos de câncer de mama metastático, dos quais mais de 40 mil evoluem para o óbito.