A elevação no número de mulheres na aeronáutica tem sido significativa nos últimos anos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que o número de mulheres com licença para voar como piloto comercial de avião subiu 64% de 2015 a 2018, passando de 261 para 428 no ano passado.

A piloto Marcela Fernandes vê sua profissão, e a entrada de mulheres no ramo, de forma otimista:

“Alguns clientes estranham. Às vezes, quando chegamos no destino, algum fala: ‘Nossa! Foi você quem trouxe a gente?!’. Mas isso não me machuca, é só falta de costume.”

Para a comandante da Avianca, Paula Babinski, a maior parte do preconceito vem dos passageiros que não estão acostumados a ver uma mulher comandando uma aeronave:

“As piadas sempre serviram de combustível. Eu queria mostrar para eles que eu poderia ser o que eu quisesse.”

Apesar do crescimento, as mulheres ainda são minoria na classe dos pilotos. No setor de aviação brasileiro, por exemplo, a categoria de piloto de linha aérea, considerado o topo da carreira, as mulheres são menos de 1%, apenas 49 do total de 5.211 licenças.

TARCISO MORAIS
Fundador e editor-chefe da RENOVA Mídia.