Viviane Araújo: a primeira mulher do DF a lutar no UFC
Brasiliense começou a carreira em projeto social em Ceilândia e já tem três vitórias no maior evento de lutas do mundo
No começo deste mês, a brasiliense Viviane Araújo subiu ao ringue do UFC para derrotar a norte-americana Montana De La Rosa. A número sete no ranking peso mosca do maior evento de lutas já tem luta cotada para dezembro.

Futebol?

Por pouco Viviane não trocou as luvas pelas chuteiras. Quem vê tanto talento no octógono do UFC não imagina que a carreira de atleta de Vivi tenha começado no futebol. “Eu sempre fui atlética e sempre me destaquei em atividades físicas. Eu jogava futebol, cheguei a jogar no Cresspom”, conta.

Mas a convite de um mestre em Ceilândia, Vivi começou a treinar Jiu-jitsu. E aposentou de vez as chuteiras. Ali começava a carreira no mundo das lutas. Ela passou a competir no Cei Jiu-Jitsu, projeto social em Ceilândia, do professor Claudio Careca. Hoje, Viviane mora na Asa Norte para facilitar o acesso à academia Cerrado MMA, onde treina, na 604 norte.

Em 2015, foi apresentada ao Muay Thai e passou a treinar as Mixed Martial Arts (MMA). A estreia internacional aconteceu no Pancrase, evento disputado no Japão. Por lá, a brasiliense conquistou não só fãs, como disputou o cinturão no peso palha, vencendo e chegando ao topo da categoria. Assim, o convite para o UFC era questão de tempo.



E esse diretaço de esquerda??

A pesagem: de máscara, com responsabilidade UFC

A brasiliense comemora com sua equipe: Jarbem Pacheco (direita), Daniel Evangelista e Lucas Cattapreta (esquerda)UFC

Aquela comemoração padrão com a bandeira do Brasil!UFC

Viviane comemora decisão unânime dos juízes sobre Montana De La RosaUFC

A decisão unânime, agora por outro ângulo

E esse diretaço de esquerda??

A pesagem: de máscara, com responsabilidadeUFC

UFC

A chegada ao UFC aconteceu de forma repentina e inesperada. Com a conquista do cinturão do Pancrase, a organização sondou a atleta para participar do The Contender, evento com revelações do mundo das lutas.

Mas a estreia viria em um evento no Brasil. Viviane foi convidada de última hora para substituir uma lutadora no UFC 237, no Rio de Janeiro em maio de 2019, e enfrentaria outra brasileira: Talita Bernardo. E a mensagem de boas-vindas para o chefe Dana White veio com um nocaute avassalador. “Tenho um estilo que todo fã de uma boa luta gosta: vou pra trocação e pra luta franca”, diz.

Dois meses depois, nova vitória. Dessa vez sobre Alexis Davis, sétima no ranking da categoria. Porém, a rápida ascensão foi interrompida no fim do ano passado. Em uma luta dura contra Jessica Eye, número 2 do ranking à época, a brasiliense perdeu a luta na decisão dos juízes, mas o prejuízo seria ainda maior: fratura na mão e a necessidade de cirurgia.

Afastada dos combates, Vivi também sofreu com outro drama: perdeu a avó, vítima de complicações da Covid-19. Mas a brasiliense sacudiu a poeira e voltou ao octógono no dia 5 de setembro. E ao caminho das vitórias. Triunfo por decisão unânime sobre Montana De La Rosa e subida para a sétima colocação no ranking da categoria peso mosca.

Agora, Viviane já tem luta prevista para dezembro. E se orgulha de trilhar o mesmo caminho de outros lutadores brasilienses no UFC como Rani Yahya, Paulo Thiago, Francisco Trinaldo (Massaranduba), Vicente Luque, entre outros. “Me sinto muito privilegiada por ser a primeira mulher de Brasília a conquistar um espaço no UFC. E representar a cidade de Ceilândia, que para mim é um lugar de pessoas trabalhadoras e fortes. Reconhecer o lugar onde cresci é minha maneira de mostrar como sou grata por tudo que recebi”, finaliza.

Serviço

Cerrado MMA
Setor de Grandes Áreas Norte 604 Clube Social Unidade de Vizinhança Norte – Asa Norte, Brasília – DF. Telefone: 61 98231-4181