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Neste sábado (25), o deputado Raimundo Ribeiro (PPS) participou da reunião do Diretório Nacional do PPS, realizada no San Marco Hotel, em Brasília.

Conjuntura Nacional, definições sobre Normas Gerais do 19° Congresso do partido e aprovação do Documento Base de Discussões foram as pautas do encontro, que se estendeu durante todo o dia.

“Ninguém desconhece que nós vivemos um momento estranho na história deste País, sob todos os aspectos, mas principalmente sob o aspecto político. É um momento em que tomou-se uma decisão lá atrás, que foi tirar uma presidente eleita e colocar-se um vice-presidente também eleito, que compunha a chapa. De lá para cá, temos vivido situações interessantes. Eu prestei muita atenção no que foi colocado por todos, especialmente pelo presidente, ministro Roberto Freire, com relação ao partido integrar esta base do governo e estar construindo este momento de transição. Diante disso, quero parabenizar o presidente, pois precisamos ter coragem para ser contra ou ser a favor, temos que ter coragem de assumir que nós tivemos uma participação fundamental para que fosse dado o primeiro passo, que foi tirar um governo que estava com um vírus inoculado à corrupção, ajudando a construir este governo que aí está. Não é o governo que nós sempre quisemos, mas é o que temos, o que foi possível construir. Nós construímos, agora precisamos verificar se existe salvação para este País, caso a gente não consiga concluir esta ponte até novembro de 2018. Na minha visão, não existe. Também temos que compreender que tem uma variável que está crescendo: Quem está pautando a agenda deste País é uma operação chamada Lava Jato, que tem tomado algumas atitudes corretas mas também tem cometido uma série de exageros, e nós temos que ter a coragem de dizer que não podemos nos acorvadar com o discurso daqueles que dizem que somos contra a Operação Lava Jato, pois eu sou a favor. O que eu não sou é da utilização dos instrumentos legais para cometer ilegalidades, como recentemente aconteceu no Congresso Nacional, dentro daquelas 10 medidas contra a corrupção, quando o Ministério Público propôs ter autorização do Congresso Nacional para cometer ilegalidades com objetivo de desvendar crimes. Isso eu não posso concordar, até porque minha formação é do Direito. Agora, acredito que se seguirmos este caminho até 2018, precisamos ter o caráter reformista, até para fazer justiça à história deste partido. Uma das questões é a reforma da previdência. E aí a gente vê que a discussão é colocada num primeiro momento de modo superficial, mas a previdência é uma coisa muito simples, são números. Cadê esses números? Onde está escrito que a previdência é deficitária? Eu até acredito que tenham erros, mas precisamos discutir com a sociedade. Finalizo dizendo que coloco o nosso mandato à inteira disposição, e fazer um alerta: Se nós passamos 25 anos construindo a história de um partido, os próximos anos serão muito mais difíceis, porque ao longo destas deturpações que aconteceram neste País, em algumas instituições vicejaram bandas podres, inclusive em instituições que são essenciais para o Estado Democrático de Direito. Se nós não abrirmos os olhos, essas bandas podres, em breve, tomarão conta deste País”.

Deputado Distrital Raimundo Ribeiro, durante reunião do Diretório Nacional do PPS