Se a população não cooperar, o GDF não terá outra alternativa a não ser fechar tudo novamente e adotar medidas rígidas de isolamento social neste período do pico da pandemia no DF
Apesar de ser a região do país onde mais recuperou pacientes graves com covid 19 e se apresentar com a menor taxa de letalidade aferida pelo Ministério da Saúde, o Distrito Federal torce pela queda do pico da doença a partir do fim de julho

Por Toni Duarte, do Radar DF

Segundo fontes do governo local, as próximas três semanas serão decisivas para tomadas de medidas restritivas ou não para conter o avanço do coronavírus. O fechamento total do comércio seria uma delas. Apenas serviços essenciais continuariam funcionando.

Em dados oficiais, fornecido pelo boletim da Secretaria de Saúde divulgado na última sexta-feira (10), foram notificados no Distrito Federal 67.297 casos confirmados de COVID-19 (1.620 casos novos em relação ao dia anterior).

Do total de 684,406 casos notificados, 56,120 (83,3%) estão recuperados2 e 871 (1,3%) evoluíram para óbito.


Nas últimas 24 horas, também foram registrado mais 494 pessoas diagnosticadas com a doença. Entre elas a senadora Leila do Vôlei (PSB-DF). Ela usou as redes sociais para anunciar que testou positivo para o novo coronavírus.

O aumento de casos em Ceilândia, que lidera a classificação das mortes por covid, fez com que o governador Ibaneis Rocha decretasse o fechamento de atividades não essenciais na maior cidade do DF. Não tem prazo para revogar.

O aumento da ocupação de leitos nas últimas duas semanas, foi fator determinante para que as autoridades sanitárias sentissem que o platô se inclina em impulsionamento e que começa a desacelerar ao final de julho.

Para contrapor o avanço do inimigo que já matou milhares de pessoas no mundo, o GDF se preparou com a total restruturação da rede hospitalar, com 627 leitos para covid-19 no sistema de saúde, construção de hospitais de campanha e de novas UPAS, bem como envolveu um grande quantitativo de profissionais para o enfrentamento a pandemia.

Em 29 de junho, ao ver o avanço da doença com o número crescente de óbitos a cada 24 horas, bem como o aumento do índice de infectados, o governador assinou o instrumento de “Estado de Calamidade Pública”.

Com o decreto, foi possível o DF receber do Ministério da Saúde mais de 200 ventiladores mecânicos para estruturar a rede, além de aventais, luvas, máscaras, álcool em gel e medicamentos.

Apesar de toda essa estrutura para o combate ao coronavírus, o governo não descarta reeditar decretos anteriores que determinaram a reabertura do comércio local.

O decreto 40.694 de 7 de maio pode voltar a ser republicado pelo GDF, caso o pico da doença não desacelere conforme preveem as autoridades sanitárias que monitoram o comportamento do platô da covid 19 no DF.

O governador Ibaneis Rocha tem dito e repetido que a guerra contra o coronavírus não é apenas uma tarefa do Estado, mas de toda a população.