Ação promovida pelo IgesDF teve como objetivo aquecer moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade social, que sofrem as baixas temperaturas deste período no DF.

Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno
A iniciativa dos servidores do IgesDF para ajudar moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade resultou na doação de mais de 300 peças nesta quarta-feira (6) | Fotos: Davidyson Damasceno / Ascom IgesDF

Robson Gomes, 36 anos, chegou acanhado à unidade de pronto atendimento (UPA) de Brazlândia. Parou em frente ao varal e ficou observando os agasalhos sendo colocados. “Tem casaco para adultos?”, perguntou à colaboradora do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que ainda estava estendendo as roupinhas de frio para bebês.

Logo ele passou a olhar os agasalhos, escolheu uma jaqueta e saiu animado, dizendo que avisaria mais pessoas. Robson foi o primeiro, mas não o único. Até as 11h30, as 67 peças e as 49 mantas dispostas na entrada daquela UPA já haviam sido retiradas por várias pessoas.

“É gratificante. Sabemos que os profissionais das UPAs já têm muitas demandas, mas ações como essa envolvem os trabalhadores e promovem melhorias aos menos favorecidos economicamente” disse Mariela Souza de Jesus, presidente do IgesDF e responsável pela ação.


As peças expostas para doações atraíram a atenção de pacientes das unidades do IgesDF, que podiam recolher uma roupa por pessoa.

Maria Rosa, 54 anos, tinha acabado de ser atendida e estava saindo da UPA, mas parou e perguntou se podia levar uma peça para um morador de rua que fica próximo à casa dela. Nesta semana, o InMet aponta a mínima de 11ºC no DF.

A ação contou com a arrecadação, por duas semanas, de doações nas unidades de atendimento do IgesDF. Em muitos casos, as caixas ficavam vazias, pois pacientes passavam e já recolhiam as doações. “Embora tenhamos pensado numa ação neste dia 6 de julho, cada pessoa que pegou um agasalho já colaborou com nosso objetivo, de ter uma pessoa a menos passando frio”, comenta Nadja Regina, superintendente das UPAs no IgesDF.

A UPA do Gama, por exemplo, chegou a ter a caixa de arrecadação cheia, mas foi sendo esvaziada pelos pacientes da unidade. “Entendemos que neste período do ano as pessoas sofrem com o frio nas ruas. Por isso, optamos por realizar uma ação descentralizada, nas UPAs, favorecendo pessoas de várias localidades do DF”, explicou Mariela Souza de Jesus.

Arrecadação em UPAs e hospitais
– Brazlândia: 120 peças
– Ceilândia I: 34 peças
– Ceilândia II: 41 peças
– Paranoá: 11 peças
– São Sebastião: 24 peças
– Sobradinho: 16 peças
– Vicente Pires: 67 peças
– Hospital Regional de Santa Maria: 17 peças
– Hospital de Base: 50 peças

*Com informações do IgesDF