Frente Evangélica no Senado Federal- Foto: Agência Senado

Bancada foi instalada nesta quarta-feira, 15, e vai ser presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG)

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Senado, disse que a bancada vai ser contra o aborto e contra a legalização das drogas. Instalado nesta quarta-feira, 15, o colegiado não pretende ser partidário dessas questões e promete propor os princípios cristãos. O grupo é composto de 17 senadores.

Viana ainda destacou que o propósito da frente não é ser oposição ao governo Lula, mas ser propositivo. “Vamos colocar para o governo as possibilidades de tornar o país mais justo e respeitoso”, disse. “Só seremos contra os valores que não tornam a humanidade melhor. Se o governo colocar em pauta coisas que são contra os nossos princípios, seremos oposição.”

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), vice-presidente da bancada, ratificou a decisão. Ela pediu, inclusive, que a bancada orasse pelo governo. A parlamentar ainda solicitou que o colegiado se comprometesse com a defesa das crianças e dos adolescentes. “Gostaria muito de, obedecendo ao ensinamento de Cristo, que colocássemos as crianças como prioridade nessa bancada”, declarou.

Ela defendeu também o avanço das pautas que buscam a proteção da mulher e ressaltou o papel do cristão sobre o assunto. Damares prometeu que a frente vai lidar com esse tema.

“Relatórios publicados mostram que 32% das mulheres que sofrem violência doméstica no Brasil são evangélicas”, continuou a senadora. “Vamos falar disso a partir dessa bancada. Seremos uma frente evangélica propositiva. Porque, quando salvamos uma mulher, salvamos uma nação.”

Todos os cultos da bancada vão ser públicos, mas o colegiado ainda vai contar com reuniões fechadas entre os senadores e os assessores. Um dos objetivos da frente é dar sequência aos assuntos que vêm da bancada evangélica da Câmara. O grupo também não é restrito apenas aos senadores evangélicos. Podendo receber católicos e, até mesmo, pessoas que não têm nenhuma religião.

“As nossas vozes tem de ser levantadas com firmeza e coragem, para defendermos os interesses, os direitos e a liberdade”, concluiu Viana. “O Brasil não será melhor se não houver respeito a todas as crenças. Não seremos um país igual enquanto a tolerância não for um sentimento mútuo. Há tempo de paz e tempo de guerra. O nosso povo não tem medo da guerra. Somos mais vitoriosos em Cristo.”

Fonte: DF Mobilidade