Espionagem e terrorismo da extrema direita e fragilidade na área de Inteligência do governo Lula 3 levam esquerda a promover debate e construir uma nova política de Inteligência para o país.

Por Katharina Garcia e Jamal Faresi.

Movimentos sociais e partidos políticos progressistas estão se articulando para realizarem um seminário e construírem um Fórum de Debates sobre a área de Inteligência, preocupados com as movimentações da extrema direita e o completo desconhecimento das forças de esquerda do país sobre o assunto, principalmente agora com a recente instalação da CPI do MST, onde as forças progressistas consideram mais um golpe contra o governo e a tentativa de criminalizar não somente o Movimentos dos Trabalhadores Sem-terra, MST, mas tambem outras organizações como o MTST, a CONTAG e outras organizações do campo, dentre dezenas de outros movimentos sociais.

Um artigo escrito pelo ex-ministro e ex-presidente nacional do PT José Dirceu e pelo ex-vereador de Teresina (PI) e Secretário Nacional do PSB Acilino Ribeiro a dois anos atrás para a Revista CARTA CAPITAL (13.09.2021) sobre os serviços de Inteligência brasileiro e o Decreto nº 10.777, que instituiu a Política Nacional de Inteligência de Segurança Pública e montou no País uma rede de espionagem interna, lido e debatido num seminário universitário esta semana em SP mostrou o quanto os dois estavam certo ao preverem golpes e ações de inteligência por parte da extrema direita bolsonarista no país após a eleições, caso o ex-presidente perdesse as eleições.

Tambem fruto de um dos módulos debatido neste seminário de um curso de pós graduação de uma universidade paulista o livro Inteligência Estratégica e Segurança Cidadã, de autoria do advogado Acilino Ribeiro, hoje Secretário Nacional do PSB e prefaciado pelo ex-ministro e ex-deputado José Dirceu, mostra em suas páginas não apenas a história e o modus operandis dos serviços secretos de todo os países, mas como a extrema direita passou a agir desde o início deste século, através das guerras hibridas e a terceirização das atividades de inteligência e das chamadas revoluções coloridas.

O historiador Miguel Stédile, militante do MST; que fez o prefácio do livro Guerras Hibridas, um dos mais vendidos no mundo; o advogado Acilino Ribeiro, ex-subchefe da Contrainteligência da Internacional Revolucionária e especialista nos temas de Contraterrorismo e ante Guerras Hibridas; ; os ex-deputados e ex-guerrilheiros José Genuíno e José Dirceu tambem especialistas em Inteligência e Estratégia; o cientista político Roberto Numeriano, Oficial de Inteligência dos quadros da ABIN, desde o final dos anos de 1990, e ex-militante do PCB na década de 1980/90, doutor na área de Inteligência e tambem autor de um livro sobre o tema; e o professor Marcos Cepik, este, autor de diversos livros sobre o tema, professor catedrático, palestrante e conferencista internacional; todos históricos militantes da esquerda brasileira, são considerados as únicas referencias e especialistas na área de Inteligência e Contrainteligência de Estado que a esquerda formou e que podem salvar esse tipo de política no país e ajudar o governo Lula 3 a instituir uma nova política de Estado nesta área.

Os livros de Acilino Ribeiro, Roberto Numeriano e Marcos Cepik, que tratam do tema serão relançados e debatidos em breve neste seminário em Brasília, segundo uma das entidades organizadora, e as universidades, partidos políticos e movimentos sociais incentivados a debaterem o tema e formarem militantes especialistas na área com o objetivo de democratizarem a atividade.

AGNOT e MIDIA DIPLOMATIK – Katharina Garcia e Jamal Faresi – Em 26/05/23;