
A Polícia Federal (PF) identificou um esquema criminoso que desviou R$ 6,3 bilhões de benefícios do INSS entre 2019 e 2024, cobrando descontos associativos não autorizados de aposentados e pensionistas. A prática envolvia falsificação de assinaturas e atuação de representantes de entidades sindicais e associativas que sequer tinham estrutura operacional para prestar os serviços cobrados.
Entre janeiro de 2023 e maio de 2024, mais de 1,9 milhão de pedidos de exclusão ou bloqueio desses descontos chegaram à autarquia, correspondendo a 16,6% de todos os requerimentos no período. O processamento dessas solicitações consumiu 392 mil horas de trabalho — o equivalente a 49 mil dias de trabalho de um servidor em jornada de 8 horas.
A repercussão foi imediata: o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros seis servidores foram afastados, e seis mandados de prisão temporária foram cumpridos. Para tentar desafogar a fila e agilizar o atendimento, o governo federal editou, em abril, uma medida provisória que retoma o pagamento de bônus a peritos.
O impacto prático recaiu sobre milhares de segurados que aguardam seus benefícios, já sobrecarregados pela própria demanda regular do instituto. A inclusão fraudulenta de descontos, ao inflar o número de requerimentos, atrasou ainda mais a concessão de aposentadorias e pensões legítimas.
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