Unidade oferece terapias não medicamentosas e atendimento multidisciplinar a pacientes com dores persistentes e debilitantes.

O Distrito Federal passou a contar com um serviço inédito na rede pública de saúde: o Ambulatório da Dor, inaugurado no fim de maio na Policlínica do Gama. A unidade é voltada ao atendimento de pessoas que enfrentam dores crônicas, persistentes e debilitantes, como fibromialgia, enxaqueca e dores cervicais. O projeto, de caráter piloto, foi idealizado pela Secretaria de Saúde e conta com o apoio da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e da Universidade de Brasília (UnB).

A proposta do ambulatório é oferecer uma abordagem humanizada, multidisciplinar e centrada em terapias alternativas e não medicamentosas. A estrutura conta com equipamentos modernos para neuromodulação, biofeedback, laser e eletroterapia, e visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes que não encontraram alívio em tratamentos convencionais. “É um tratamento complementar que busca devolver ao paciente a capacidade de viver com dignidade, de voltar a trabalhar e gerar renda”, destacou uma das profissionais envolvidas, em vídeo compartilhado pela vice-governadora Celina Leão (PP).

Inicialmente, os atendimentos serão voltados para pacientes que já estão na fila da regulação para acupuntura e fisioterapia. A equipe realizará uma busca ativa, seguida de entrevista individual para avaliação clínica e verificação da disponibilidade de tratamento. A expectativa é de que, já nas primeiras sessões, os pacientes comecem a perceber alívio nos sintomas.

A criação do ambulatório representa um avanço no cuidado com a saúde da população e também uma estratégia de gestão mais eficiente. A proposta é demonstrar que o atendimento preventivo e contínuo é mais econômico e menos invasivo do que as intervenções de urgência. A experiência implantada no Gama deve servir como referência para a possível ampliação do serviço em outras regiões administrativas do Distrito Federal.