
Com tecnologia de ondas de choque, mais de 600 pacientes já se beneficiaram do procedimento eficaz.
O Hospital de Base do Distrito Federal introduziu um tratamento inovador para a quebra de cálculos renais que não exige cirurgia. Desde a implementação do novo equipamento, mais de 600 pacientes já se beneficiaram deste procedimento, realizado unicamente com ondas de choque, que fragmentam as pedras de forma não invasiva.
Em um dia comum, Edglei Gusmão Pereira, de 62 anos, enfrentou uma dor intensa nos rins e foi rapidamente levado ao hospital. Após uma avaliação, foi diagnosticado com múltiplos cálculos renais. O tratamento com o equipamento de litotripsia extracorpórea por ondas de choque foi a solução escolhida. “Hoje só tenho a agradecer à equipe do Hospital de Base pelo atendimento”, afirma Edglei.
A tecnologia do equipamento, adquirido através de uma emenda parlamentar, permite que o procedimento ocorra sem a necessidade de internação, o que reduz o tempo de espera em leitos do hospital. O chefe do Serviço de Urologia, Bruno Pinheiro Silva, enfatiza a segurança e a eficácia do tratamento, que realiza os procedimentos no ambulatório. \”As ondas de choque atravessam a pele e atingem a pedra, que depois sai naturalmente pela urina, ao longo de dias ou semanas”, explica Bruno.
A duração do procedimento é, em média, de 40 minutos, e o tratamento é feito sob sedação. É importante ressaltar que sessões adicionais podem ser necessárias, variando entre duas a quatro, dependendo do caso do paciente. O enfermeiro Maurício Teixeira detalha que o tratamento é indicado principalmente para cálculos de até 2 centímetros que estejam causando dor e desconforto.
Visualizados por ultrassonografia ou tomografia, os cálculos renais que não são adequados para esse tipo de tratamento, especialmente os maiores ou em locais de difícil acesso, podem demandar procedimentos cirúrgicos mais tradicionais. Desde sua adoção, o tratamento tem se mostrado um marco na assistência urológica da região, facilitando a vida de muitos pacientes que antes enfrentavam a dor e a incerteza dos tratamentos cirúrgicos convencionais.










0 Comentários