
Ações reforçam prevenção e cuidado no Dia Mundial da Saúde Sexual
Em alusão ao Dia Mundial da Saúde Sexual, comemorado nesta quinta-feira (4), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal destacou os avanços na prevenção e no diagnóstico precoce das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). De janeiro a agosto deste ano, as unidades básicas de saúde (UBSs) da capital realizaram 212.083 testes rápidos para HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C.
Segundo a Secretaria, o resultado demonstra o esforço contínuo da rede pública em oferecer serviços de prevenção e ampliar o acesso ao diagnóstico gratuito. A testagem rápida possibilita que pacientes iniciem tratamento imediato, interrompendo a cadeia de transmissão.
“A prevenção começa com o teste. Quanto mais cedo a pessoa descobre a infecção, mais rapidamente inicia o tratamento e mantém a qualidade de vida. Nosso trabalho é facilitar o acesso e buscar ativamente os pacientes, pois isso salva vidas e fortalece a comunidade”, afirma Daniela Magalhães, técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist).
Prevenção combinada
A estratégia de prevenção adotada pelo DF vai além da testagem. Inclui o uso de preservativos, vacinação contra HPV e hepatite B, além da disponibilização da PrEP (profilaxia pré-exposição) e da PEP (profilaxia pós-exposição).
A PrEP consiste na ingestão de comprimidos antes da relação sexual para reduzir o risco de infecção pelo HIV. Já a PEP deve ser iniciada após situações de risco, como violência sexual, relação desprotegida ou acidentes envolvendo materiais biológicos.
Brasília se destaca no cenário nacional pela alta adesão à PrEP. Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2023, a capital teve a menor taxa de descontinuidade do país, com 21%, enquanto a média nacional foi de 30%.
Informação para combater mitos
Ainda existem crenças equivocadas que dificultam a prevenção. Muitos acreditam que apenas pessoas com sintomas devem se preocupar, mas diversas ISTs são assintomáticas. Além disso, mitos como a ideia de que falar sobre sexo incentiva a prática ou de que o HIV/Aids representa uma sentença de morte persistem.
Com os tratamentos atuais, pessoas vivendo com HIV podem atingir carga viral indetectável, tornando-se intransmissíveis e levando uma vida saudável. É importante lembrar também que doenças como sífilis, gonorreia, clamídia e HPV podem ser transmitidas por sexo oral ou contato genital, mesmo sem penetração.
Daniela Magalhães reforça que a informação é uma ferramenta de cuidado e liberdade. “Falar sobre saúde sexual é falar sobre qualidade de vida e autonomia. A prevenção é sempre o melhor caminho”, conclui.
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