Modelo do Consórcio Brasil Central trouxe economia significativa nas aquisições de medicamentos essenciais para a saúde pública.

O governo do Distrito Federal (GDF) conseguiu economizar mais de R$ 5 milhões com a compra compartilhada de medicamentos pelo Consórcio Brasil Central (BrC). O anúncio foi feito em uma reunião no Palácio do Buriti, na última quinta-feira, com a presença do governador Ibaneis Rocha e outros secretários.

Entre 2024 e 2025, o novo modelo de compras colaborativas proporcionou uma redução média de 10,7% nos gastos da Secretaria de Saúde do DF. O consórcio reúne sete estados: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos.

Durante sua presidência do BrC, de 2021 a 2022, Ibaneis Rocha implementou iniciativas estruturantes, como a concessão de linhas de crédito e a redução de 30% nos custos de aquisição de medicamentos, beneficiando todos os estados participantes. O governador destacou que esse modelo foi um investimento que tem trazido benefícios reais.

O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, informou que, graças à participação do DF no consórcio, foram adquiridos 92 medicamentos, com 17 itens apresentando uma redução média de 10,4% nos preços. “A integração do consórcio não só gera economia, mas também garante um acesso mais rápido aos medicamentos pela população”, comentou.

Os medicamentos comprados incluem fármacos destinados a tratamentos oncológicos, remédios para arboviroses e produtos voltados para doenças raras. Essa estratégia não apenas ajudou a minimizar os gastos com ações judiciais, mas também organizou melhor o tratamento na saúde pública.

No total, foram licitados 156 medicamentos em 2025, com um valor global de R$ 367 milhões e uma economia média de 18%. O DF participou com 108 medicamentos, alcançando um sucesso em 86% das licitações e ampliando o acesso a 28 itens que antes não tinham registro na rede pública local.

José Eduardo Pereira Filho, secretário-executivo do BrC, ressaltou a importância do consórcio e o avanço de suas ações. Ele afirmou que “somos um consórcio público que une sete unidades da federação, e ao trabalharmos de forma coordenada, conseguimos resultados expressivos”.

Com 12,56% do PIB do país, o Consórcio Brasil Central possui uma população de cerca de 27 milhões de pessoas e uma forte representação política, com 21 senadores e 75 deputados federais.