Audiência pública discute a importância da inserção feminina no mercado de trabalho como forma de combater a violência.

A iniciativa da Secretaria da Mulher do Distrito Federal demonstra um novo caminho para a prevenção da violência doméstica, enfatizando a empregabilidade como ferramenta de autonomia econômica para as mulheres. Durante a 2ª Audiência Pública do Observatório Pró-Equidade da Justiça Militar da União, realizada no dia 10 de dezembro, no auditório do Superior Tribunal Militar, representantes de órgãos públicos e da sociedade civil debateram a importância dessa questão.

O encontro, com o tema “Protocolos Unificados de Atendimento Humanizado às Vítimas de Violência”, contou com a presença da vice-governadora Celina Leão, que destacou o compromisso do Governo do DF em auxiliar as mulheres a reconstruírem suas vidas. “Nosso objetivo é garantir não apenas a contratação, mas a permanência no emprego, fortalecendo a estabilidade emocional, financeira e social dessas mulheres”, afirmou. Ela acrescentou que a autonomia econômica é fundamental para romper o ciclo de violência.

Atualmente, 362 mulheres são apoiadas pelo governo no mercado de trabalho por meio de acordos de cooperação técnica que reservam de 2% a 8% das vagas para aquelas que enfrentam situações de violência doméstica. Giselle Ferreira, secretária da Mulher, ressaltou que foi criada uma área especial focada na empregabilidade das mulheres em situação vulnerável. Cada mulher recebe acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais.

O Observatório Pró-Equidade visa fortalecer a inclusão e a proteção de grupos vulneráveis, promovendo um ambiente de apoio e diálogo. O evento apresentou, ainda, um livro-guia que busca padronizar a abordagem nas licitações e contratos sob a perspectiva da equidade.

Este movimento representa um avanço significativo na luta contra a violência, mostrando que a capacitação profissional pode não apenas ajudar mulheres a se reerguerem, mas também mudar a realidade de muitas famílias.