(Fotos: João Marcos Teixeira/Sejus-DF)Feira Artesanato em Movimento impulsiona renda e integração de mulheres atendidas no DF
Ao longo de 2025, mais de 50 mulheres migrantes que chegaram ao Distrito Federal receberam apoio da rede de acolhimento da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), encontrando orientação social, acompanhamento emocional e informações essenciais para adaptação ao território e fortalecimento da autonomia.
Como parte das ações de integração, um grupo atendido pela secretaria participa da primeira edição da feira Artesanato em Movimento, realizada até esta sexta-feira (5) na Rodoferroviária de Brasília. O evento reúne mais de 40 empreendedores acompanhados pelo projeto Banco de Talentos — iniciativa do programa Direito Delas — que expõem e vendem produtos como tecidos africanos, biojoias, chaveiros, pinturas e outras peças artesanais.
Entre as expositoras está a venezuelana Rosa Bravo, 38 anos, residente em Brasília desde a pandemia. Ela destaca que o acesso à informação foi crucial para sua adaptação. “Quando cheguei a Brasília, eu era como um bebê, precisando aprender tudo do zero. Políticas de acolhimento mudam completamente a nossa vida ao explicar sistemas e leis locais. Para nós, imigrantes, informação é vital”, relatou.
A coordenadora do Comitê Distrital para Apoio a Migrantes, Refugiados e Apátridas, Eliane Alves, observa que o artesanato ganhou novo significado para os participantes. “Eles contam que antes produziam artesanato apenas para decorar suas casas, e agora conseguem gerar renda com o que fazem com as próprias mãos”, afirmou.
Além de disponibilizar espaço para exposição e venda, a Sejus-DF oferece transporte, alimentação e oficinas de educação financeira, que orientam sobre precificação, organização e planejamento dos ganhos, fortalecendo a autonomia e a continuidade das atividades empreendedoras.
“Garantir acolhimento, qualificação e oportunidades para que migrantes reconstruam suas vidas no Distrito Federal é um compromisso com a dignidade humana. Quando abrimos caminhos para que essas pessoas trabalhem, produzam e participem da nossa comunidade, reafirmamos que o DF é terra de direitos, respeito e novas possibilidades”, declarou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Rosa Bravo: “Quando cheguei a Brasília, eu era como um bebê, precisando aprender tudo do zero. Nessa hora, políticas de acolhimento mudam completamente a nossa vida ao nos orientar sobre sistemas e leis locais”
Iniciativas que transformam vidas
O Banco de Talentos identifica e potencializa habilidades produtivas de mulheres em situação de vulnerabilidade — incluindo migrantes, refugiadas e vítimas de violência. Mais de 300 mulheres já são beneficiadas com capacitação, apoio social e oportunidades de geração de renda por meio de feiras, oficinas e ações de inclusão produtiva.
A iniciativa integra o programa Direito Delas, criado pela Sejus-DF para fortalecer, proteger e promover a autonomia das mulheres do Distrito Federal, reunindo ações de acolhimento, qualificação profissional, prevenção à violência e estímulo à independência financeira.











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