(Fotos: Divulgação/SSP-DF)

Monitoramento preventivo garante segurança de mulheres assistidas pela SSP-DF

Com a prisão registrada no último fim de semana, chegou a 64 o número de detenções realizadas em 2025 por meio dos programas de proteção coordenados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), o Viva Flor e o Dispositivo de Proteção à Pessoa (DPP). As ações são resultado da atuação integrada entre a SSP-DF e a Polícia Militar do DF (PMDF), com apoio do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), e reforçam a efetividade da política pública baseada em tecnologia, monitoramento contínuo e resposta imediata.

Desde o início da implementação dos programas, nenhuma mulher acompanhada teve a integridade física violada ou foi vítima de feminicídio, o que evidencia o papel estratégico do monitoramento preventivo no enfrentamento à violência de gênero no Distrito Federal.

Para a vice-governadora do DF, Celina Leão, os resultados demonstram o avanço das ações. “O enfrentamento à violência contra a mulher exige tecnologia, integração e decisão política. As prisões realizadas em 2025 mostram que o DF está utilizando os instrumentos adequados para garantir proteção, acolhimento e justiça às mulheres”, afirmou.

Ao longo do ano, 1.887 pessoas foram acompanhadas pelos programas da SSP-DF. Desse total, 506 agressores e 619 vítimas passaram a ser monitorados de forma ininterrupta pela Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP).

A maioria das prisões ocorreu após o descumprimento de medidas protetivas de urgência determinadas pelo Judiciário, especialmente nos casos de violação das áreas de exclusão. Nesses episódios, os agressores foram localizados e detidos imediatamente após a infração.

Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, os números refletem o compromisso do governo com a proteção das mulheres. “Cada prisão representa uma vida preservada. Nenhuma mulher atendida pelos programas voltou a ser vítima de violência durante o acompanhamento. Isso demonstra a eficiência dos mecanismos de acolhimento e segurança, que são prioridade para o GDF”, destacou.

O programa de monitoramento da SSP-DF completará cinco anos em 2026 e utiliza tecnologia de georreferenciamento para acompanhar, simultaneamente, vítimas e agressores com Medida Protetiva de Urgência em vigor. Desde a criação da DMPP, em 2021, não houve registro de agressões contra mulheres protegidas.

De acordo com o subsecretário de Operações Integradas, Carlos Eduardo Melo, o monitoramento 24 horas por dia permite antecipar riscos e agir de forma preventiva, evitando a aproximação indevida dos agressores e garantindo resposta rápida das forças de segurança.

A política integra o Programa Segurança Integral e o Eixo Mulher Mais Segura, voltados à redução da violência e à promoção da proteção dos direitos humanos. O sistema utiliza tornozeleiras eletrônicas nos agressores e dispositivos de alerta entregues às vítimas, que podem acionar o socorro policial em tempo real.A nova sala de operações da DMPP foi inaugurada em 2024, ampliando o número de estações de monitoramento e garantindo aumento dos servidores por plantão.


Em 2025, a estrutura foi reforçada com a ampliação da sala de operações da DMPP e a implantação de um canal direto de comunicação entre vítimas e a central de monitoramento, permitindo o envio de mensagens, áudios e imagens, o que agiliza o atendimento.

O Programa Viva Flor também foi expandido neste ano para delegacias circunscricionais, ampliando o acesso das mulheres ao serviço. Além das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) da Asa Sul e de Ceilândia, o programa passou a ser oferecido nas delegacias do Paranoá, Planaltina, Brazlândia, Gama e Recanto das Emas, permitindo que as vítimas saiam das unidades já com o dispositivo de proteção.