O presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou artigo ontem (28.fev.2017) defendendo que os petistas João Vaccari Neto (ex-tesoureiro), José Dirceu (ex-ministro) e Antonio Palocci (ex-ministro) sejam soltos. Os 3 estão presos em Curitiba (PR) por causa das investigações na Lava Jato.

João Vaccari Neto e José Dirceu já foram condenados pelo juiz Sérgio Moro. Cumprem pena em regime fechado. O ex-ministro de Lula e Dilma Antonio Palocci está preso preventivamente, a mando do juiz de Curitiba.

Rui Falcão diz que a soltura do ex-goleiro Bruno por decisão liminar (provisória) “deveria levar a uma revisão geral nas decisões recentes da Suprema Corte”. O ex-atleta foi condenado a 22 anos e 3 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio. Leia a íntegra do artigo do presidente do PT.

Bruno estava preso havia mais de 6 anos e, por determinação do ministro Marco Aurélio (STF), foi solto na 6ª feira (24.fev).

“O rigor jurídico do ministro Mello para 1 homicida confesso deveria estender-se ao conjunto das sentenças do STF”, afirmou Rui Falcão.

Segundo o presidente do PT, há “perseguição politica promovida por certos juízes e procuradores“. Falcão afirma que há “excesso de prisões preventivas, sem motivo e prolongadas no tempo para forçar delações”.

João Vaccari Neto foi condenado 3 vezes pelo juiz Sérgio Moro. Na 1ª vez, em setembro de 2015, a pena foi de 15 anos e 4 meses na cadeia. Na 2ª, em maio de 2016, o ex-tesoureiro do PT foi sentenciado a 9 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 420 mil. Na 3ª, em fevereiro de 2017, foi condenado a 1o anos na cadeia.

José Dirceu foi julgado junto com Vaccari. O ex-ministro da Casa Civil foi condenado a 23 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa. A pena foi reduzida a 20 anos e 10 meses em junho de 2016. O petista era acusado de participar de esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras.

Em 22 de fevereiro, o ministro Edson Fachin (STF) negou pedido de liberdade de Dirceu. Alegou que não podia ser apreciado pois foi protocolado antes de ter sido condenado por Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na 1ª instância.

Antonio Palocci foi preso temporariamente em 26 de setembro de 2016 na 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Omertà. Teria prazo de 5 dias. Mas, em 30 de setembro, Sérgio Moro converteu a prisão em preventiva –sem prazo para que sejam libertados. O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil é acusado de ter se beneficiado de negociações com a Odebrecht.

Com informações do portal Poder360.