Docentes se reuniram em frente à Catedral e marcharam até o Ministério da Fazenda.

Os professores da rede pública do Distrito Federal confirmaram na manhã desta quarta-feira (15/3), durante ato em frente à Catedral, na Esplanada dos Ministérios, que estão paralisados por tempo indeterminado.

Depois da concentração, que começou às 5h e reuniu cerca de 8 mil pessoas, segundo o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), eles marcharam até o Ministério da Fazenda, onde 15 docentes ocupam o local.

Reforma da Previdência
Os educadores aderiram à greve nacional da categoria contra a Reforma na Previdência. Além disso, reivindicam por pautas locais, como o constante atraso do pagamento do 13º salário, da falta de pagamento da licença prêmio e do descumprimento do Governo do Distrito Federal quanto ao plano distrital de educação. 

Para o professor de História Ricardo Pacheco a reforma vai causar um "prejuízo imenso" aos trabalhadores. "O movimento tem que prosseguir. Os alunos apoiam, porque entendem que a reforma vai prejudicar também os pais deles e tirar muitos direitos de todos nós", completou.

Já a professora de Língua Portuguesa Ana Mago diz que a paralisação e os protestos que ocorrem por todo o país são a tomada de consciência dos trabalhadores: "Se o trabalhador vier para a rua e lutar contra essa reforma, ela vai ser barrada. Mas se a gente não demonstrar que é contra essa reforma ela vai passar. O governo local está vindo com tudo para cima de nós. Não podemos deixar". 

De acordo com o Sinpro-DF, na manhã de quinta (16/3), os educadores se reunirão em cada regional de ensino para discutir os rumos da paralisação. À tarde, irão às escolas para fazer um levantramento sobre a adesão dos professores ao movimento. 

Corte na folha de ponto 
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) decidiu na segunda-feira (13/3) cortar o ponto dos docentes que deixaram a sala de aula para participar de assembleia promovida pelo Sinpro no mês passado. O desconto vai constar na próxima folha de pagamentos. O corte ocorrerá também aos docentes que aderirem à paralisação ou a novos movimentos.

Correio Brasiliense