Ação promovida nesta quinta-feira (20) pela Secretaria de Justiça e Cidadania mobilizou cerca de 100 pessoas em torno do tema.

A Secretaria de Justiça e Cidadania, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, realizou nesta quinta-feira (20) uma blitz de conscientização e prevenção ao tráfico de pessoas. Cerca de 100 participantes atuaram nos esclarecimentos sobre a importância ao combate a esse tipo de crime.Personagens da Organização Ser Criança, que conscientiza sobre crimes contra menores, participaram da ação. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

A operação foi na BR 020, entre Planaltina (DF) e Formosa (GO), e durou aproximadamente três horas. Das 14 às 17 horas, seis agentes distribuíram folders informativos e tiraram dúvidas da população.

O intuito da campanha foi alertar motoristas e passageiros sobre como denunciar e se proteger desse tipo de prática. Ao todo, 300 folders foram distribuídos, e 100 pessoas assistiram ao vídeo de denúncia dentro do prédio da própria Polícia Rodoviária.
2,5 milhõesEstimativa do número de vítimas do tráfico de pessoas a cada ano no mundo

De acordo com o diretor de enfrentamento ao tráfico de pessoas da Secretaria de Justiça e Cidadania, Flavio Alves da Silva, esse tipo de crime, o terceiro mais rentável do mundo, atinge 2,5 milhões de pessoas por ano.

Silva ressalta a importância da prevenção. “Em 2015, tivemos um caso de 12 adolescentes que foram aliciados por uma escolinha de futebol em Planaltina e por pouco não se tornaram vítimas. Na ocasião, um policial identificou a ação e denunciou o grupo.”

O tráfico humano, segundo ele, é um crime cruel que ainda faz um grande número de vítimas em todo mundo, inclusive no Brasil. “É importante esse tipo de ação nas rodovias, ainda mais na véspera de feriado, quando o fluxo é maior”, completa Karina Curi Rosso, subsecretária de Políticas para Justiça e cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas.
Direitos humanos

A Secretaria de Justiça e Cidadania, por meio da Diretoria de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante e Refugiado (DETP), atua no combate a crimes dessa natureza com base na lei 13.344 de 2016.
Objetivo é inibir crimes como exploração sexual, trabalho escravo e venda de órgãos

A mobilização tem como objetivo inibir crimes de exploração sexual, de trabalho escravo e de venda de órgãos, entre outras violações dos direitos humanos.

No Distrito Federal, foram contabilizados 17 registros envolvendo 94 pessoas entre suspeitas e casos configuradores da ação criminosa. De acordo com a pasta, o número é baixo tendo em vista a complexidade dos casos.

Para Flavio Alves da Silva, diretor de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da secretária de Justiça e Cidadania, a propostas das ações é justamente mudar o quadro e inibir esse tipo de prática.