O japonês Eiichi Yamada, presidente da fabricante de relógios Citizen Watch, visitou Brasília em 1970. Ele encantou-se com a cidade modernista e prometeu uma criação especial de sua empresa para a capital. Alguns meses depois, o presente estava pronto e a caminho do Brasil: um relógio com quatro lados, dentro de uma estrutura de concreto quadrada, sustentado por uma torre de 15 metros de altura.

Mas, ao contrário do que Yamada planejara, o monumento não pôde ficar no Plano Piloto, pois não havia espaço para uma estrutura tão grande sem que ferisse o plano urbanístico da capital. O presente japonês foi transferido, então, para a Praça Central de Taguatinga, que passou a se chamar Praça do Relógio.

Em 18 de setembro de 1989, a obra foi tombada como patrimônio cultural e artístico do Distrito Federal. O tombamento aconteceu depois de um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas, pois havia a ameaça do relógio ser derrubado para a revitalização da praça.

João Carlos Amador
Criador do Projeto Histórias de Brasília