Embora tarde, e com prejuízo para as investigações, justiça confirma pedido e autoriza quebra de sigilo telefônico e fiscal de pessoas e empresas apontadas na CPI da Saúde como suspeitos de ações irregulares na prestação de serviços na rede pública de saúde do DF.
Para o deputado Wellington Luiz, “caso a quebra do sigilo tivesse sido autorizada em tempo hábil, certo que o resultado da CPI teria sido outro. O engavetamento do resultado de um ano de apuração seria diferente, e provocaria o desmonte de esquemas de fraudes e enriquecimento ilícito em plena vigência na prestação de serviços ao GDF no âmbito de hospitais públicos. A todo o momento, houve manobras que protegiam as partes investigadas o que impediu a quebra do sigilo dessas pessoas e empresas. A má qualidade no atendimento, falta de remédios, diminuição do leitos de UTIs e falta de efetivo seriam evidenciadas pelas radiografia nessas pesquisas nas contas das Organizações Sociais e suas relações entre os gestores que comandam uma rede voltada para o desvio de verba pública, o lucro inescrupuloso, a fraude, e não pela qualidade do serviço. De licitações fraudulentas, compras superfaturadas de remédios a enriquecimento ilícito, tudo teria sido esclarecido caso a justiça houvesse realizado a quebra do sigilo em tempo hábil. Essa demora fez o povo se tornar vítima duplamente de dois sistemas cruéis – o primeiro da justiça com sua demora; o segundo, da saúde com sua rede de empresas e gestores que menosprezam vidas alheias.
Agora, com o fim da CPI da Saúde ocorrido no último dia 10 de maio, essa decisão da quebra de sigilo cabe ao Ministério Público dar seguimento nas investigações no tempo que lhe for propício. De nossa parte, fizemos nosso trabalho com zelo e dedicação em um ambiente hostil e adverso. Vamos continuar cobrando melhoria na prestação dos serviços na rede pública de saúde e ainda denunciar tudo que for contra a população”.
Deputado Wellington Luiz

Yasodária Guimarães
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