Hugo Barreto/Cedoc

A próxima quinta-feira (21) promete ser complicada para quem depende dos transportes públicos do DF. Nesta terça-feira (19), os Rodoviários afirmaram que irão paralisar as atividades por, ao menos, 24 horas. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, o movimento terá início às 4h da manhã e poderá ser suspenso caso as empresas apresentem uma nova proposta.

Um nova reunião foi marcada para este domingo (24) para decidir se haverá greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (25).

Entenda

Mesmo após diversas reuniões de conciliação entre representantes dos rodoviários e das empresas de transporte no DF, a população volta a sofrer com o receio de novas paralisações. Ontem pela manhã, ocorreu a última tentativa de consenso entre as partes no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), que agora terão de se entender sozinhas.

A última proposta analisada foi a da desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, na reunião da sexta passada. A magistrada sugeriu que fosse concedido reajuste salarial de 4,75%, 5% no tíquete, 5,5% na cesta básica e 13,5% nos planos de saúde e odontológico.

Para os rodoviários, não foi o bastante. Eles desejam reajuste de 6% no salário, 7% no tíquete, 7% na cesta e 15% nos planos. João Osório comenta que as operadoras de assistência à saúde pediram aumento de 30%, mas eles conseguiram negociar para que os mais de 14 mil trabalhadores arquem com apenas 15% de aumento.

Já os representantes das empresas garantem que tentam fazer o melhor em um momento econômico delicado. O presidente da Associação das Empresas de Transporte público e Coletivo do DF (Transit), Barbosa Neto, assegura que as negociações continuam, mas não é possível pagar muito acima do já proposto – 4,3% no salário e 4,5% no tíquete e cesta básica. Os valores para os planos de saúde e odontológicos devem ser discutidos separadamente.